domingo, 23 de novembro de 2008

Planeta Terra Festival - Um show além da música

Preciso iniciar esse post PARABENIZANDO a organização do Planeta Terra Festival!
Sei que para muitos vai soar, no mínimo, bizarro falar da organização de um evento com tantas atrações musicais como foi o Planeta Terra, mas depois do Tim Festival deste ano, no qual estive presente para ver The Killers que, supostamente, deveria entrar no palco à meia-noite e só pôs os pés lá por volta das quatro da manhã, assistir a um festival com 12 bandas e todos, eu disse TODOS os shows começando "britanicamente" no horário (e o britanicamente deve ser levado ao pé da letra), sem um minuto de atraso, é motivo para comentários sim.

Sinal de organização e principalmente, respeito para quem pagou para ver tudo isso!

Falando das atrações, estas também surpreenderam. O festival estava dividido em três palcos: main stage, indie stage e DJ stage. Eu, praticamente, só fiquei no main stage, mas as atrações foram:


MAIN STAGE INDIE STAGE DJ STAGE

- Vanguart Brothers of Brazil Felix da Housecat


- Mallu Magalhães Curumin Mylo


- The Jesus and Mary Chain Animal Collection Sebastian Leger


- The Offspring Foals Mau Mau


- Bloc Party Spoon

- Kaiser Chiefs Breeders


Cheguei lá quase no fim do show da Mallu Magalhães. Uma garotinha de 16 anos, toda cheio de estilo "questionável" (a quem goste do estilo dela) e uma sonoridade interessante, uma mescla de country (com bandolins e violinos), uma levada folk e algo de indie. A sonoridade era até interessante, mas a voz da garotinha...isso precisa melhor e muito, ao menos ao vivo.





Uma das atrações que queria ver estava na sequência: THE JESUS AND MARY CHAIN. Esses escoceses me acompanharam na adolescência.



Foi o primeiro show que fui na minha vida e lá nos anos 90 suas microfonias melódicas encantaram muita gente e continuam me encantando. O show foi muito semelhante ao de 1990. Tocaram os clássicos como Happy when it rains (não confunda com Garbage, ok?), Just like Honey (continua imbatível!) e algumas coisas nem tão conhecidas assim, mas o show foi demais.

Na sequência, os "tiozinhos" do OFFSPRING. A "dissonância congnitiva" entre a sonoridade dos caras e o estilo "nerd-tio sukita-alternativo" de ser era o mais engraçado. O show agitou a galera, até porque as músicas do Offspring não foram feitas pra ficar parado, embora o vocalista mais lembrasse Richard Clayderman do que um vocalista de uma banda punk...blá, blá, blá visuais à parte, o show detonou e galera queria mais!

BLOC PARTY estava por vir. Aqui estava minha grande curiosidade. No ano passado, ao viajar para Inglaterra, esses caras estavam no auge. Os tablóides musicais (e.g. NME) e revistasfalavam deles com muito entusiasmo. E, ao menos pelo cd, curti suas canções, mas ao vivo... o fiasco da noite.

A energia que sobrou com os caras do Offspring, faltou e muito para o Bloc Party. Kele Okereke e sua turma não conseguiam cativar o público que disperssou para ver BREEDERS (vi uma parte e me arrependi de não ter visto o show inteiro).

E para o encerramento ficou KAISER CHIEFS. Outra banda da nova safra inglesa e, nesse momento pensei"e lá vamos nós para um encerramento medonho!".

Ainda bem que a gente se engana. O Kaiser Chiefs chegou detonando. Só conheço o primeiro álbum dos caras, mas pelo que vi ao vivo, já estou baixando o mais novo porque os caras mandaram muito bem.

E cabe destacar o esforço do vocalista Ricky Wilson em falar português (apesar que se tivesse falado em inglês teria mais fácil de entender).

Resumindo, um mix perfeito de bandas, estilos com a dose perfeita de organização.

Que venha o Planeta Terra 2009!

sábado, 22 de novembro de 2008

Show - Uma Toada para João e Maria

Tem show que é um verdadeiro espetáculo, sim de espetacular mesmo. E o mais incrível é estar do nosso lado e nem darmos o devido valor e atenção.

Uma Toada para João e Maria deve ser desconhecido da maioria de vocês que acessam esse blog, assim como era para mim também, até reencontrar um amigo, o ator - Marcello Airoldi, que me falou deste espetáculo, protagonizado por sua esposa e um outro ator.

Este show é um misto de teatro com show musical. Apresentando poemas de Carlos Drummond de Andrade, Roland Barthes e outros, intercalados entre canções de Chico Buarque, Maria (Lilian de Lima) e João (Rodrigo Mercadante) passeiam de maneira singela, melódica e divertida pelos altos e baixos dos relacionamentos. Falam de amor sem cair naquela breguice conhecida por todos. Divertem, sem ser óbvio. Divertem, sendo inteligentes!

Ambos são atores de teatro e cantores o que coloca a interpretação das canções e dos poemas como um diferencial indiscutível deste show, que ainda conta com a participação de Willian Guedes, responsável pela direção musical, voz, violão e pandeiro, Aloisio Oliver - acordeon (tocante a cadência dada por ele em alguns momentos do show). O roteiro é assinado também pela Lilian de Lima e a direção geral é de Milton Morales.

Infelizmente, eles não estão numa temporada, mas você ainda terá uma oportunidade na próxima quinta, 27/11, no Galharufa (Praça Roosevelt, 82, SP).

Prestigie ou morra com a certeza de que perdeu um espetáculo imperdível na sua vida!

PS.Não deixem também de ver Rodrigo Mercadante, Marcello Airoldi e elenco na peça "Se o Mundo Fosse Bom o Dono Morava Nele", de Ariano Suassuna, no Teatro Ventoforte - na rua do Milk & Mellow no Itaim dias 29/11, 30/11, 06/12, 07/12.

domingo, 16 de novembro de 2008

CD News - Ahhh, essas mulheres!!!

Ultimamente, tenho sido enfeitçado por mulheres, muitas mulheres que cantam e encantam meus ouvidos com as mais diversas, intrigantes e belíssimas canções.

Sim, me rendi definitivamente à supremacia das mulheres!

Nos últimos meses não tenho ouvido outra coisa que não vocais femininas. O line-up vai de Kate Nash, já comentada neste blog, passa por Amy Winehouse, Lily Allen e vai pelas beldades, não apenas sonoras, apresentadas a seguir:





Emiliana Torrini

Pelo nome não há dúvida, é uma cantora....islandesa!!!

Isso mesmo. Filha de pai italiano e mãe islandesa, Emiliana Torrini já lançou seis álbuns sendo três cantados apenas em islandês: Spoon – 1994, Crouçie D´où Lá – 1995 e Mermam – 1996. E os outros três a colocaram muito bem, diga-se de passagem, no cenário pop mundial: Love in the time of science, Fisherman´s Woman e o último Me and Armini.

Em 1999 foi lançado Love in the time of science. Este álbum foi produzido por ninguém menos que Roland Orzabal do Tears for Fears. Após esse álbum, Torrini foi chamada para cantar no filme O Senhor dos Anéis – As duas torres, substituindo sua compatriota Björk, que cancelou a participação devido à gravidez.

Até o momento, só ouvi esse álbum, o qual traz um mix muito bem equilibrado entre o folk, o eletro-pop e o trip-hop. E o toque especial da voz levamente rouca de Emliana, um charme à parte.

Ouçam e conheçam mais no
http://www.emilianatorrini.com/



Adele

Pertencente à nova safra das British-“Teen”- Singer Girls, apresento-lhes Adele.

Nascida em Londres e com apenas 20 anos, Adele já vem conquistando destaque no cenário musical. E não poderia ser diferente.

Se musicalmente ela pouco se difere de outras estrelas como Norah Jones, Amy Winehouse ou Kate Nash, sua voz tem uma personalidade encantadora. É forte, intensa, contrastando com suas melodias ao violão, mais suaves.

O seu primeiro álbum, 19 traz momentos que transitam entre o folk, soul, até o country muito sutil.

Descubra mais no
http://adele.tv/


Amy Macdonald

Essa escocesa de apenas 22 anos, simplesmente, me encantou!

O primeiro álbum This is the life lançado no ano passado, já vendeu nada menos que 1,5 milhão de cópias e é muito fácil saber o motivo.

A sonoridade pop-folk-country dela diverge um pouco da sonoridade da Adele, pois a veia indie-pop, lembrando referências como The Sundays e Cranberries é mais evidente e vigorosa, trazendo prazer do começo ao fim do álbum (aliás, a última faixa, uma faixa escondida, chamada ”Caledonia” é pra matar a pau!).

Não pretendo e nem tenho a habilidade necessária para descrever o que faz deste álbum e desta cantora o sucesso que ela é. Mas, garanto que você não irá se arrepender!

Confira no
http://www.amymacdonald.co.uk/


terça-feira, 4 de novembro de 2008

SHOW - Ithamara Koorax

Se você me conhece, não vai ter dúvida nenhuma. Se você só visita esse blog, vai perceber que MPB não é muito a minha praia. Até ouço alguma coisa, mas não sou aquele fanático.

Mas, como sempre digo, nada como ouvir um som ao vivo. A gente sempre se surpreende, ainda que o som não seja totalmente o da nossa preferência.

E foi justamente o que aconteceu comigo ao ver o show da Ithamara Koorax. E quem é Ithamara Koorax?

Essa foi a primeira coisa que me perguntei quando li na programação da Mostra Cultural do Sesc. A segunda pergunta foi: "por que não conferir?"

Ithamara Koorax é uma brasileira, que obviamente faz muito sucesso na Europa, e foi considerada pela revista Down Beat como uma das cinco melhores cantoras do mundo, ao lado de nomes como Diana Krall.

O que me chamou a atenção foi a sinopse apresentada pelo Sesc. Uma cantora que misturava jazz com bossa nova passando por MPB. E quando fui pesquisar um pouco para ter mais idéia de quem ela era, encontrei o seu nome associado a outros como Jane Monheit. E aí tive mais curiosidade ainda.

O resultado foi espetacularmente fantástico. Ela tem uma voz belíssima. Forte, imponente e ao mesmo tempo doce, suave, melódica.

Nesse show ela apresentou músicas do seu CD entitulado "Tributo a Stellinha Egg", uma cantora paranaense que se dedicou a MPB de raiz e músicas folclóricas-regionais.

Canções, ainda que desconhecidas para mim, mas encantadoras. Isso sem falar na qualidade dos músicos que a acompanharam.

No violão, Rodrigo Lima, demonstrou um talento e um domínio do instrumento igualando-se aos melhores com certeza.

E Wilson Chaplin, um percurssionista figuraça, extremamente talentoso, dotado de um carisma sem igual. Era visível o prazer, a alegria e descontração com que ele tocava.

Conferir, ao vivo e a cores, essa somatória de talentos, foi uma grata surpresa!

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