sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para ficar de ouvidos ligados 2

MASTERS OF THE HEMISPHERE - “Belushi”

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Sei que o nome da banda já carrega aquela arrogância “yankee” peculiar, mas não se deixe levar por essas falsas impressões.

A sonoridade aqui é bem simpática e totalmente indie-pop com toda sua essência “grudenta”, descompromissada, agradávelmente dançante e contagiantemente cantável.

Esses caras estão na estrada desde 1996 e já lançaram quatro álbuns, sendo o último em 2010. Não entendi muito bem se esse single é um retorno da banda, mas novamente isso não é importante. O fato principal é que “Belushi” vai te fazer procurar por mais canções do Master of the Hemisphere.

Masters of the Hemisphere no MySpace

 

NIKKI LANE - “Gone Gone Gone”

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Nada poderia ser tão pertinente quanto a sonoridade de Nikki Lane e suas origens. A garota vem de Nashville, Tennessee, o que automaticamente nos remete ao mundo country.

Em seu primeiro single, Nikki apresenta um country com leve pegadas indie-pop, mas sem se desprender das raízes e toda ambientação 60´s do estilo, o que torna “Gone Gone Gone” bem interessante.

O vídeo mostra bem que a ambientação vai além dos arranjos e se envereda pelos modelitos e aparatos, arquitetura, cores e texturas.

O excesso de “americanismo” da capa deste single não deve ser o fator para afugenta-lo de um som bem bacana.

Ladies and Gentlemen, please welcome Nikki Lane!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para ficar de ouvidos ligados 1

Não sou fã de singles e EPs, mas é melhor um bom single do que nada. Ainda mais em se tratando de novidades que aguçam a nossa curiosidade e desejo por mais. Enjoy!

WIDOWSPEAK – “Harsh Realm”

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Esse trio formado por Molly Hamilton (vocal e guitarra), Michael Stasiak (bateria) e Rob Thomas (guitarra) vem de Nova York e traz nesse single uma sonoridade bem interessante.

A bateria está ali na sua função mais básica, conduzindo a cadência. Já os vocais de Molly quase sussurrados declamam uma certa angústia que as guitarras, melodicamente belas, a intensificam.

Em certo momento “Harsh Realm” me remeteu às “baladas” do Cranes e só por isso Widowspeak já merece meu respeito e interesse em conhecer mais.

Conheçam vocês também no MySpace.

 

JON ZOTT - “Brothers” e “Rise and Shine”

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Continuamos na Terra do Tio Sam, porém a vibe aqui é outra.

Ainda não entendi se estamos falando de “one man project” ou de uma banda, fato totalmente sem importância diante da sonoridade synth-ambient-eletro-pop das faixas “Brothers” e “Rise and Shine”.

Uma sonoridade que nos envolve numa aura “dreamy”, cadência introspectiva, vocais etéreos perfeitos para criar um clima especial, diferenciado e até sensual (por que não?).

Agradem seus ouvidos com Jon Zott

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Nunca é tarde…

NANCY SINATRA - “The Essential” e “Nancy Sinatra”

[AllCDCovers]_nancy_sinatra_the_essential_nancy_sinatra_2006_retail_cd-front A primeira vez que ouvi Nancy Sinatra foi cantando em parceria com ninguém menos que Morrissey (ex-vocalista dos Smiths). A canção “Let Me Kiss You”, uma verdadeira paulada poética na alma, típica desse inglês de Manchester.

Rapidamente minha curiosidade ficou aguçada e lá fui eu atrás de conhecer mais do trabalho dela e me encantei.

Dona de uma enorme discografia entre álbuns próprios, participações e colaborações, trilhas sonoras e coletâneas, ela ficou sem gravar por um longo período (1971 – 2004) e sua volta se deu justamente lançando o álbum Nancy Sinatra com Morrissey e Bono Vox como participações, entre outras.

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Esse em particular é uma daquelas jóias que deve fazer parte da discografia de qualquer pessoa com bom gosto musical. Canções marcantes, emotivas e que podem ser a trilha sonora para muitas ocasiões.

Confiram o quanto antes!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quase igual…mas não muito diferente

EVERYBODY LOVES IRENE - “On Second Thoughts, I Might Wanna Change Somethings”

image A primeira faixa se inicia. Você presta atenção e pensa “conheço isso”. De repente, a segunda faixa se inicia e você diz “nossa parece Portishead, mas o vocal está um pouco diferente”.

Isso é Everybody Loves Irene. Banda de Jacarta, Indonésia que bebeu diretamente na fonte de Portishead, incorporando aquela melancolia, aquela dor latente que Beth Gibbons despeja em suas canções.

E o “estranhamento” dos vocais não se dá apenas pela diferença no tom de voz, mas também porque Irene até canta em Indonésio (mas calma, é apenas em uma faixa do álbum “Rindu”, que significa “Saudade”).

O álbum seria nota 10 se não fosse por um pequeno deslize dos vocais masculinos em uma das canções e a presença discreta de uma pegada mais intensa na sonoridade. Isso de maneira geral porque as faixas “Architect” e “Ecstasy”, matam a pau e por elas já vale conferir esse som.

Everybody Loves Irene no MySpace

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Também aconteceu por aqui…felizmente!

HARRY - “Fairy Tales”

imageEm meados dos anos 80 uma revolução na música eletrônica surgia na Europa. Países, digamos, obscuros para o mundo da música naquele momento começaram a se tornar referência naquele novo estilo, o chamado EBM ou Electronic Body Music (e todas as variações do tema que surgiram na época).

O grande nome, ou melhor, o mais conhecido na época foi a banda belga Front 242 e seu hit “Headhunter” abalou as estruturas das pistas alternativas (e até foi usada num funk-zinho barato por aqui).

O estilo fugia radicalmente do estilo “bate-estaca” do House vigente naquele momento, e mais radicalmente ainda, mesclava elementos mais pesados: batidas intensas, guitarras distorcidas, teclados vigorosos, “elementos industriais” e levando o estilo eletrônico para outras referências e outros públicos.

Nesse ambiente e com esse propósito, surgiu no Brasil, mais precisamente em Santos a banda Harry que trazia essa vibe da nova Electronic Body Music, porém “amenizada” com a melodia melancólica do pós-punk inglês e que resultou em grandes faixas como “Genebra”, “Lycanthropia” e “Soldiers” só para citar algumas que esse debut Fairy Tales apresentou ao público.

A banda lançou outros dois álbuns e uma caixa comemorativa aos 25 anos de existência. Entretanto, Fairy Tales, por ter sido o primeiro álbum trouxe toda a energia do estilo e merece sua atenção e a citação do The Sounds Of.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sound Of Arrows

imageParece uma viagem no tempo…de volta aos hits dançantes dos anos 80, naquela aura tecnopop, electropop típica daquela década e de bandas como Pet Shop Boys.

O pop sueco conseguiu mais uma vez. Essa dupla de Estocolmo traz canções que nos hipnotiza e nos envolve de uma maneira incrível. Cada faixa faz com que a gente tenha vontade de ouvi-la várias vezes, o que nos leva a querer ouvir as outras e tudo se repete…e aí…já virou vício.

A banda ainda não tem álbum lançado, mas pelo que descobri, já tá logo aí o lançamento do debut. Enquanto isso não acontece, inicie seu contato com os singles lançados, em especial, o mais recente que constará nesse primeiro álbum.

E que venha logo esse álbum…

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Surpreendentemente fantástico!

MONTALBAN QUINTET - “Montalban Quintet Debut”

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Estamos diariamente expostos ao risco da “depressão da internet”. Basta começar a procurar por novidades musicais e nos deparamos com um turbilhão de coisas ruins que chega a frustar. Mas não há nada como ser surpreendido pelo talento.

E foi isso que o Montalban Quintet me causou….uma surpresa daquelas!

O grupo vem de San Diego e é a prova da dose certa da confluência de diversos estilos, resultando em uma sonoridade fantástica.

Não há muito como “classificar” o som desses caras, mas eles passeiam por elementos tão distintos como jazz, rock experimental, indie-pop com pitadas de minimalismo e pós-punk. O que poderia se transformar numa avalanche de sons desconexos e sem sentido, se tornou numa sequência de canções envolventes pela melodia, pela cadência, pela intensidade.

A diferenciação da banda não está apenas no quesito musical. Eles também buscaram uma nova forma de agraciar a todos com suas músicas e decidiram deixar em aberto o valor do álbum para ser baixado. Acessando o site do Montalban Quintet você pode escolher o valor que desejar como doação e baixa o álbum na íntegra.

Não há motivos para não se surpreender!

Montalban Quintet no MySpace

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mixing things up…

LIVING THING - “Malocchio”

image Não me recordo de ter ouvido uma banda cuja oscilação de estilos é tão intensa, no mesmo álbum, como Living Things e seu mais recente trabalho Malocchio.

Essa família de Illinois (já que três dos quatro integrantes são irmãos), abre o álbum com um indie-pop bem introspectivo, passa para uma forte influência de ska, aterrisa num indie-rock mais vigoroso na faixa “Terror Visions”, passa por um balada meio folk e termina com um pop rock daqueles clássicos que você facilmente atribuiria a Manic Street Preachers, por exemplo.

E o detalhe mais significante é que esse passeio sonoro sem rumo do Living Things é feito em apenas sete faixas.

Eu não curto nada essa ”rota sem GPS” que essa banda apresenta e, por isso, de maneira geral o álbum Malocchio não me agrada, mas as faixas “Pollen Path”, “Terror Visions” e “The Stupor” merecem a sua apreciação.

Living Things Official Site ou MySpace

sábado, 6 de agosto de 2011

Country-Fed-Punkabilly

REVEREND HORTON HEAT - “Smoke ´Em If You Got ´Em”

imageO que se pode esperar de um álbum cuja capa traz essa hilariante figura? Bem, se você curte o The Cramps e seu estilo psychobilly-punk mixed, bem meus caros, você está diante de mais um exemplar do gênero.

Reverend Horton Heat vem dos EUA, mais precisamente do Texas. Os caras estão na estrada há muito tempo (desde 1995) e este Smoke ´Em If You Got ´Em é o debut desta banda que já tem nove álbuns lançados.

Como eles mesmos classificam, o som da banda é um “country-fed-punkabilly” e isso descreve muito bem o que se vai encontrar nesse álbum, já que trio texano mantém a energia do punk em batidas rockabilly/psychobilly e nuances de country-folk americano (em algumas faixas). A mistura reforça o tom hilariante da capa e, isso sem falar das letras, como em “Big Dwarf Rodeo”, só pra citar um trecho:

Come On Out and See the Big Dwarf Rodeo
Come On Out and See the Big Dwarf Rodeo
Come On Out and See the Little Dudes Cowboy Show

You'll Also Get to See Those World-famous High Diving Mules
You'll Also Get to See Those World-famous High Diving Mules
Included in the Prize Is a Pig That Goes to School

Ainda que você não seja um fã de carteirinha do estilo, vale a pena conferir.

Reverend Horton Heat Official Site

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ainda nas terras geladas

EINAR STRAY - “Chiaroscuro”

image Este é mais um exemplo do excelente som que prolifera nas terras nórdicas e o responsável desta vez chama-se Einar Stray. Pianista e guitarrista, esse garoto de 20 anos de idade vinda da cidade de Sandvika apresenta uma maturidade sonora em oposição à sua pouca idade.

Nesse debut, o EP “Chiaroscuro”, Einar apresenta um som ambient-experimental, apresentando sete faixas cuja construção melódica tem uma forte aura alternativa e sonoramente muito agradável.

Não é aquela música para todas as horas, porém é música para A hora em que você precisa se desintoxicar da poluição sonora que nos cerca diariamente e se revigorar – mente e corpo – embalado numa trilha sonora única.

Um grande primeiro álbum!

Einar Stray no MySpace

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Para acompanhar…

ELBOW - “Build a Rocket Boys”

image Esse som vem da Inglaterra, da cidade de Manchester. E já vou começar “entregando o ouro”…que som fantástico.

Elbow está na estrada há muito tempo, desde 1997. Já lançaram cinco álbuns e Build a Rocket Boys é o mais recente. E esse álbum traz uma aura totalmente introspectiva, uma sonoridade passiva, tranquila e viajante.

O semanário inglês NME classificou a sonoridade desta banda como “emotional atmospheric rock” (e não poderia ser mais preciso).

Ao ouvi-los você pode identificar sinais de Coldplay em momentos do álbum, porém diferente dos seus conterrâneos, Elbow “foge” da veia pop tão intrínseca ao Coldplay e viaja por um cenário mais “onírico”, mais intimista, trazendo elementos não apenas para serem ouvidos e cantados, mas para serem sentidos.

Se pudesse criar um cenário para ambos, eu diria que Coldplay você pode ouvir no carro, pegando a estrada, onde o som te acompanha. Já Elbow é para ser ouvido deitado na rede, numa varanda, vendo o sol se por e você acompanhando o som.

Elbow no MySpace

Elbow Official Site

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

No mundo dos sonhos

PICA PICA - “Oh Captain, My Captain”

image É sempre assim na internet. Um link leva a outro que te apresenta mais algum e assim vai.

Recentemente comentei sobre a banda Maribel. Clicando aqui e acolá, descubro que a voz por trás desse projeto solo Pica Pica chama-se Rebekka Maria Markstein, ex-membro da Maribel.

Fiquei curioso no ato. E, lá fui procurar pelo som dessa moça de Oslo e achei ou melhor, me encantei!

Até o momento, Rebekka lançou esse EP Oh Captain, My Captain que traz sete músicas. No MySpace da garota você pode ouvir quatro delas, mas atenção ao faze-lo prepare-se para ser teletransportado, pois a sonoridade desse EP é uma verdadeira viagem.

A trilha sonora para o mundo dos sonhos onde uma voz doce e melodias quase infantis e encantadas ambientalizam o local, tornando aconchegante e acolhedor. E tudo isso é só seu, pois Rebekka consegue te tirar da realidade e colocá-lo na cadeira cativa do seu mundo paralelo.

Um dream pop de altíssima qualidade e que merece ser apreciado.

Embarque no Pica Pica MySpace e boa viagem!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ahhhh as aparências…

MARIBEL - “Aesthetic”

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À primeira vista, Maribel soa como o nome de mais uma das deusas pops juvenis, como Kate Nash ou Lily Allen. Mas só à primeira vista, porque aqui estamos diante de mais um daqueles exemplos onde as aparências, felizmente, enganam.

Maribel é o nome de uma banda da Noruega que apresenta um som vigoroso, com personalidade.

Longe das referências pops citadas acima, essa banda passeia por vocais “abafados” em guitarras melodicamente ruidosas, que conferem uma sutileza sonora em meio àquelas distorções. Mantém uma cadência musical que evoca sentimentos profundos e até uma certa dose de melancolia. E ainda conseguem manter uma vibe dançante com batidas energéticas, cheias de intensidade, mas sem perder a ternura.

Maribel é mais um dos grandes nomes que o mundo da música escandinava nos presenteia. E esse debut mostra a que veio essa banda….e que venha mais!

Maribel no MySpace

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