terça-feira, 31 de março de 2009

CD News – Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes

trapaçasEste fim de semana assisti, novamente, ao filme “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (no original, “Lock, Stock and Two Smoking Barrels).

Um filme, no mínimo surreal e muito bom, mas muito bom!

A trama tem uma cara de Tarantino (apesar de o diretor ser Guy Ritchie) e em resumo, é o seguinte: 4 caras tem uma semana para conseguir 500 mil libras para pagar uma dívida de jogo a um gangster da cidade.

Pode parecer simples, porém o rumo divertidíssimo que toma o filme, o coloca num outro patamar, que não é o da simplicidade, pura e simples! E o final é mais que inusitado.

Agora, não deixem de prestar atenção à trilha, afinal juntar nomes tão diversos como: The Stooges, James Brown, Ocean Colour Scene e Stone Roses e ainda ter uma unidade sonora e casar com o filme, não é para qualquer trilha.

1 Hundred Mile High City - Ocean Colour Scene
2 It's a Deal, It's a Steal - Tom , Nick , Ed
3 The Boss - James Brown
4 Truely, Madly, Deeply - Skanga
5 Hortif**kincuturist - Winston
6 Police and Thieves - Junior Murvin
7 18 With a Bullet - Lewis Taylor ... Performed by:Lewis Taylor, Carleen Anderson

8 Spooky Dusty - Springfield
9 The Game - John Murphy, David Hughes
10 Muppets - Harry , Barry , Gary
11 Man Machine - Robbie Williams
12 Walk This Land - EZ Rollers
13 Blaspheming - Barry Barry
14 I Wanna Be Your Dog - Stooges
15 It's Kosher - Tom , Nick
16 Liar Liar - Castaways
17 I've Been Shot - Plank, Dog
18 Why Did You Do It -Stretch
19 Guns 4 Show Knives 4 a Pro - Ed, Soap
20 Oh Girl - Evil Superstars
21 If the Milk Turns Sour - John Murphy, David Hughes ... Performed by:John Murphy, David Hughes, Rory ,

22 Zorba the Greek - John Murphy, David Hughes
23 I'll Kill Ya - John Murphy, David Hughes ... Performed by:John Murphy, David Hughes, Rory ,

24 The Payback - James Brown
25 Fools Gold - Stone Roses
26 It's Been Emotional - Big Chris
27 18 With a Bullet Pete Wingfield

sábado, 28 de março de 2009

CD News – Sonoridades Alternativas

Entre um link aqui e outro ali, me deparei com essa listinha de bandas do mundo alternativo americano.

Tem algumas coisas que eu, particularmente, digo “só podia ser americano”, em compensação…há outras bem interessantes.

Só um ponto. Por incrivel que pareça, nem sempre é fácil achar informações sobre as bandas, mesmo nesse “admirável novo mundo cibernético”.

Conheçam!

DUM DUM GIRLS

dum dumRuidos “Psychocandianos” do Jesus and Mary Chain estão mais que evidentes no som destas garotas de Los Angeles. Mas, sinceramente, fica nos ruídos. Na verdade, acho que está mais para Crystal Stilts do que The Jesus, até porque são contemporâneos, né!

Aquela melancolia que fazia um simbiose conflitiva e agradável no som dos escoceses, faltam nas Garotas. Ainda assim, salvam as faixas Catholicked e Baby don´t go.

Ouçam no http://www.myspace.com/dumdumgirls

ANIMAL HOSPITAL

animalAqui entramos numa praia experimentalista. Ou pelo menos é o que esses caras de Boston, Massachussets (como eles dizem lá), acham.

O som deles serviria muito bem para trilha incidental de algum remake de 2001 – Uma odisséia no espaço (vide Late Summertime) ou para a reunião de alguma “sociedade alternativa” (vide March and June”).

Acho meio enfadonho aquele “viagem sem fim” de barulhos repetidos dentro de alguma escala musicial, mas, felizmente, existe gosto pra tudo.

Ouçam no http://www.myspace.com/animalhospital

ETERNAL SUMMERS

eternal Pelo que descobri, Eternal Summers é um duo de Virginia, formado por Nicole (guitarra/vocal) e Daniel (bateria).

Antes que alguém se aventure numa comparação com White Stripes, não, não, a praia aqui é outra. Estamos falando de um pop básico sem aquele compromisso de soar “60´s-70´s Rock or something”, if you know what I mean.

Muito me agradou a simplicidade na composição da banda e nos doces vocais de Nicole (acho que porque me lembram algo que eu já ouvi, mas não me recordo).

Ouçam no http://www.myspace.com/eternalsummers

EXEBELLE & THE RUSTED CAVALCADE

texebelVejam o nome da banda e o logo e advinhem que estilo musical eles tocam. Se você pensou naquele country americano com direito a banjo e gaita, é isso aí.

E acho que nem preciso dizer mais nada!

Ouçam no http://www.myspace.com/exebelle

MATH THE BAND

math Aqui fiquei com uma dúvida. Na lista que tenho, o nome da banda é MATH THE BAND. Procurando no my space, o link aparece com esse nome, mas o nome da banda lá, aparece MATT THE BAND.

Agora, sinceramente, não faz muita diferença porque o som desses caras é tão chato, mas tão chato, que acho que você não vai sair atrás à procura de algum torrent pra baixar.

Ouçam no http://www.myspace.com/maththeband

REAL STATE

STATE Estava mesmo demorando achar um “clone” de Galaxie 500 (uma outra banda americana do final dos 80, começo dos 90). Eis aqui… REAL STATE.

Essa banda vem de Nova York e seu som tem muito, mas muito a levada, a cadência, até o timbre dos vocais do Galaxie 500.

Eu gosto da “original”, mas tenho que admitir que a “cópia” apresenta bons momentos.

Ouçam no http://www.myspace.com/letsrockthebeach

SCREAMING FEMALES

185893 CDF161 Ao ver o nome de determinadas bandas e, correlacionando com o local de onde são, eu já posso descrever o som delas, sem ouvi-las.

E Screaming Females está nesse grupo. Banda americana com esse nome só poderia apresentar um indie rock mais acelerado, um vocal esganiçado e aquela batida simples tipo “TUM-TÁ-TUM-TÁ”, entende?

Ouçam no http://www.myspace.com/screamingfemales

TALK NORMAL

talkDe normal, o som desta banda do Brooklin não tem nada. Aqui temos algo diferenciado, criativo, alternativo na essência, mas também experimental demais.

Certamente, não agradará aos ouvidos mais “sensivelmente pop”, mas os caras tem personalidade, embora alguns momentos viajantes deem lugar a delírios.

Ouçam no http://www.myspace.com/talknormaltalknormal

WEIRD OWL

owlEssa é mais uma banda do Brooklin. Aqui a pegada é outra. É rock com certa psicodelia.

Falta o talento necessário para um virtuosismo digno da época, mas a leveda das canções está ali para agradar quem gosta.

Ouçam no http://www.myspace.com/weirdowl

sexta-feira, 27 de março de 2009

CD News – Mais do mesmo

Os britânicos de maneira geral possuem um talento para adicionar, em suas canções, uma certa dose de cadência melódica. Algo com um viés “sentimental” típico das bandas de lá (até na microfonia do Jesus and Mary Chain é possível encontrar).

Aqui, apresento 3 lançamentos que mostram, em estilos diferentes, essa tal melodia.

MORRISSEY

coverMorrissey acaba de lançar seu 11o. album “Years of Refusal” e vem com algumas diferenças em relação a albuns anteriores clássicos como “Viva Hate” ou “Vauxhall and I” – o lado rock está mais evidente que o lado pop (vamos entender isso com parcimônia, afinal estamos falando de Morrissey).

Desde o excelente album “You are the quarry”, produzido por Jerry Finn, Morrissey vem adicionando mais guitarras estridentes em suas canções. No “Ringleader of the Tormentors”, o album seguinte, aparece esse toque novamente, de uma maneira um pouco mais sutil, já que produtor era outro (Tony Visconti).

Agora, em “Years of Refusal”, Morrissey volta com Jerry Finn e eleva a sonoridade, mas claro, sem deixar suas melancólicas melodias de lado e nem suas letras ácidas como em I´m throwing my arms around Paris onde canta “… only stone and steel accept my love” ou em One day goodbye will be farewell”, simplesmente Morrissey.

Ainda não está no site dele, mas já ouvi boatos de que ele estará por aqui. Eu, já estou esperando!.

Vejam o vídeo do primeiro single deste novo album (essa é uma das poucas canções pop do album, ok? :) http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=50202259

Lily Allen

tlily O mundo da música vive “ondas”. Estamos no auge da onda das “Brit Girly Singers” – vide Kate Nash, Duffy, Amy MacDonald, Amy Winehouse e, claro, Lily Allen.

Cada uma dentro de um estilo diferente, mas todas muito agradáveis, envolventes, seja pela voz doce, pela melodia, seja pela batida ou tudo isso junto.

Eu já havia gostado do primeiro album de Ms. Allen. O segundo “It´s not me, it´s you” apresenta a mesma levada do primeiro album, mas com um toque mais divertido, como se ela estivesse mais a vontade neste do que no primeiro.

As canções são envolventes e nos faz querer ouvir todas, uma atrás da outra. E, em particular, fico apaixonado pelo sotaque desta inglesinha.

Ouçam no http://www.myspace.com/lilymusic

The Noisettes

tnoisettesPara mim há uma dissonância cognitiva entre a imagem dos integrantes deste banda, o nome da banda e o som da banda.

À primeira vista, imaginei que você algo na linha de Morcheeba. Errado!

The Noisettes está mais para o “noise” mesmo. É um trio Londrino que passeia por uma sonoridade entre Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, ou seja, noise sim, mas com autenticidade (agora, que tem um ou outro momento do primeiro algum que lembra muito Pixies, ahhh isso tem!).

Eles estão lançando o segundo álbum “Wild young hearts” que mescla o noise com alguma batidinha “dance”. Uma mistura que vale a pena conferir.

Ouçam no http://www.myspace.com/noisettesuk

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ilustre Desconhecido – Pink Industry

Algumas bandas, mesmo que antigas, ainda são novidades para muitas pessoas. Outro dia, enquanto eu “passeava” pelos meus CDS, me dei conta de que algumas bandas até nem existem mais e ainda permanecem como “obscuridades” para muitos.

pink2Daí veio a idéia de iniciar uma série no The Sounds Of, apresentando essas bandas. É claro que algumas não agradarão, mas não custa tentar.

E não poderia iniciar esse post com outra banda. O Pink Industry foi meu “karma” por mais ou menos 10 anos. Resumidamente, foi assim.

pinkConheci o Pink Industry por volta de 1988 com as faixas Pain of Pride e What I Wouldn´t Give?. Fiquei alucinado com o som deles e iniciei minha saga atrás de algo da banda: vinil, cd, fita k7 (alguém aí ainda sabe o que é isso.. J?) e lá se foram 6 anos até eu encontrar um vinil “New Beginnings”, por um acaso mais que o acaso. Na época, o valor do álbum era equivalente a R$ 120. Nesse dia, dois amigos da faculdade estavam comigo: Edmilson “Japonês” e Virgilio “Pelicano”.

Um falava “você tá louco”. O outro dizia “compra, na hora que chegar e ouvir você vai ver que valeu a pena”. Sim, eu sei que é loucura total, mas, fiz e quando o ouvi, percebi que o Japonês estava certo, valeu a pena mesmo. Porém, as duas faixas que me apresentaram Pink Industry estavam em versões diferentes das que eu conhecia. E, lá fui eu na minha saga rumo ao álbum “Retrospective”, o qual apresentava tais versões. E, assim, em 1998, ou seja, 10 anos depois do contato imediato de primeiro grau, consegui tal álbum.

Depois desta longa história, vamos ao principal, quem foi Pink Industry?

Pink Industry foi uma banda inglesa, de Liverpool, que surgiu na década de 80. Era formada pelo duo Janey Casey (vocals) que havia passado pelas bandas Big in Japan e Pink Military e o baixista e tecladista Ambrose Reynolds, que teve passagem no Frank Goes to Hollywood.

Ambas bandas que originaram os integrantes do Pink Industry tinham uma veia mais “new wave/pop”, já o Pink Industry inveredou por um caminho mais “obscuro”. Dançante, mas intimista. Melódico, mas dissonante e tudo isso com um certo pé no etéreo (tanto que alguns sites os classificam como Dark Wave, Minimal Wave).

Eles lançaram 3 álbuns: Low Techonology, Who told you, you were naked e New Beginnings, mas aqui no Brasil duas compilações são mais “conhecidas”: Pink Industry - Retrospective (a tal que falei, quase impossível de achar) e New Naked Technology que foi lançada no Brasil pelo selo Cri Du Chat Disques, um selo de São Paulo.

Conheçam no http://www.myspace.com/yourmomma75

Just a Fest - Kraftwerk e Radiohead

Ontem fui ao Just a Fest, um festival que contou com Los Hermanos, Kraftwerk e Radiohead, e mais uma vez fiquei surpreso com a pontualidade das bandas, britanicamente no horário.

É claro que nem tudo é 100% na organização, tanto que a saída do show foi um desastre. Um longo e estreito corredor, num estilo, “bovinos a caminho do matadouro” foi o responsável por uma lenta saída. Ao menos, as pessoas mantiveram-se calmas sem empurra-empurra e afins.

A noite para mim começou com o show do Kraftwerk, banda alemã, precursora da música eletrônica. Já é a terceira vez que eles vem ao Brasil (a primeira em 1998, a outra em 2004 e agora) e mesmo sabendo exatamente o que iria ver, a surpresa é marcante.

Somente ouvi-los não é a mesma coisa. Até porque, para os padrões atuais, o som dos caras é algo muito sem surpresas ou virtuosismo, mas vê-los, ao vivo, naquela simbiose entre músicas clássicas como Tour de France ou We are the Robots ou Boing Boom Tschak e toda a interação com os vídeos, é fascinante. Até porque eles buscam um visual “retro”, contrastando com o estilo no palco, com o estilo das batidas, mas ao mesmo tempo, remetendo aos primórdios da banda.

Veja um pouco do que estou dizendo no http://www.kraftwerk.com/flash/load_com.htm e imagine a revolução que não foi tudo isso nos anos 70/80.
O set list do Kraftwerk foi:
Man-Machine
Planet of Visions
Numbers
Computerworld
L´Etape 2 alt Tour de France
Autobahn
The Model
Les Mannequins
Radioactivity
Trans-Europe Express
The Robots
Aerodynamik
Musique non Stop

Depois desta “revival-up-to-dated” do Kraftwerk, vieram os caras do Radiohead.
Essa era uma das bandas que eu ansiava ver ao vivo. A curiosidade era grande, mas todo cuidado era pouco, afinal nem sempre quando uma banda vai bem em estúdio, ocorre o mesmo ao vivo. E, excesso de expectativa pode causar gigantesca frustração.

Quero deixar claro que esta palavra não existiu, definitivamente!!!!

Para quem ouviu o primeiro álbum da banda “Pablo Honey”, com um único sucesso Creep, não poderia imaginar a (re) evolução do som destes caras.

A cada novo álbum, um novo momento, uma nova descoberta, um novo caminho, todos conduzidos à quintessência da música.

Não sei como descrever o som do Radiohead. É uma mescla da energia sonora típica do rock, com certas viagens melódicas progessivas, somadas a uma cadência de agressividades sutis e sentimentais, tudo isso com talento, aliás muito talento.

Talento e simplicidade foi combinação perfeita para que o palco, decorado com alguns canos de luz e telões, com uma forma inovadora (porém, simples) de mostrar a banda, brincando com tonalidades monocromáticas, fosse mais uma prova inquestionável de que estávamos diante da melhor banda da atualidade e de um dos ícones do mundo da música.

Isso é Radiohead!
Confira o setlist de SP:
15 Step
There There
The National Anthem
All I Need
Pyramid Song
Karma Police
Nude
Weird Fishes/Arpeggi
The Gloaming
Talk Show Host
Optimistic
Faust Arp
Jigsaw Falling Into Place
Idioteque
Climbing Up The Walls
Exit Music (For A Film)
Bodysnatchers

Bis 1
Videotape
Paranoid Android
Fake Plastic Trees
Lucky
Reckoner

Bis 2
House of Cards
You and Whose Army
Everything In Its Right Place

Bis 3
Creep

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin