The Fall é um daqueles ícones obscuros do pós-punk britânico. Uma banda com longa carreira, uma longa lista de álbuns gravados, porém exclusiva de um “pequeno” grupo de fãs.
E não é para menos! A diversidade e excentricidade sonora de Mark E. Smith e seus músicos é algo não muito fácil de ser digerido.
Vai de uma simplicidade irônicamente pop de “Victoria” a uma incompreensível obscuridade de “Riddler!”.
Em Bend Sinister por exemplo, um dos seus álbuns mais famosos, de 1986, o Fall passeia por uma agressividade soturna, típica do estilo da época, com guitarras distorcidas e dissonantes, uma batida seca e vocais dicotômicos de Mark e Brix.
E eis que, depois de lançar Tromatic Reflexxions através do Von Südenfed (veja o post CD News – Idas e Vindas), The Fall lança o seminal “Imperial Wax Solvent”.
O tempo passou para eles como o faz também para o whisky ou o vinho, isto é, aprimorando, intensificando, realçando suas características e, neste caso, deixando o álbum Bend Sinister até “suave”.
A agressividade sonora está mais latente. O baixo mais pronunciado. As guitarras mais dissonantes e distorcidas do que no auge período pós-punk. E sabe o que isso quer dizer??? Que você, com ouvidos sensíveis deve, ao menos tomar “precauções” para ouvir esse álbum.
Mas, não deixe de ouvi-lo, em hipótese alguma.
The Fall em 3 momentos: “Victoria”, “Riddler"!” e o mais recente “50 year old man”.
Ouçam mais no The Fall no MySpace
Nenhum comentário:
Postar um comentário