RADIOHEAD - “The Kings of Limbs”
Eles começaram, lá atrás, com “Creep” e entraram no mundo do Indie Rock/Britpop de maneira até discreta, eu diria. Os álbuns seguintes trouxeram maior robustez sonora, ainda sem grandes particularidades, mas Radiohead foi angariando mais fãs. Até o dia em que vivenciamos um divisor de águas – o álbum OK Computer.
De lá pra cá, o Radiohead passou por uma metamorfose “Kafkaniana” irreversível. Transformação pela qual os super heróis, como Homem-Aranha, por exemplo, passam. Nunca mais serão os mesmos e para sempre levaram consigo os efeitos destas mudanças.
A evolução leva a aprimoramentos, ao controle dos “novos poderes” e também novas descobertas (Hail to the Thief e In Rainbows estão aí para provar isso) e consolidam um estilo único.
E isso vale tanto para os super heróis como para Radiohead, pois essa banda inglesa hoje ja não mais pertence a um estilo delimitado no qual outras bandas fazem parte. Eles criaram o “estilo Radiohead”.
Ja não é mais possível enquadrá-los em nomenclaturas existentes. Eles dividiram as águas do mundo do rock com um estilo próprio, único e inconfundível.
O seu mais novo álbum, The King of Limbs, é a prova cabal desse movimento. Percorrendo as faixas deste novo álbum vemos que “Fake Plastic Trees”, por exemplo, faz parte de um passado com o qual a banda perdeu conexão, ou melhor, perdeu a sua percepção de existência, mas não perdeu a sua capacidade de surpreender, sua sensibilidade sonora (ainda que dissonante para alguns). Não perdeu os “poderes” de um lançar um grande álbum.
Assim como Björk (que também desenvolveu um estilo próprio), Radiohead entra, definitivamente com The King of Limbs, para um grupo de bandas onde só ha duas situações possíveis: ou você a ama ou você a odeia.
Já decidiu?
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