sábado, 26 de abril de 2008

Covernation

Fazer cover é basicamente o princípio de qualquer banda, ao menos para começar nos ensaios, pegar entrosamento.

Em alguns casos absurdos, alguns “artistas” buscam no cover a única chave para o sucesso, fazendo das canções alheias, suas próprias (como Danni Carlos,desculpem os seus fãs). Em outros, o artista rende praticamente um tributo ao colocar, entre canções de sua própria autoria, um cover de uma banda/artista preferido ou uma referência importante ou uma simples casualidade “nome da banda – título da canção” ou tudo isso junto.

E nesses casos, corremos até o risco de questionar “o que ficou melhor, o original ou a versão apresentada?”. Tirem suas próprias conclusões com o playlist a seguir e contribuam com novas dicas através do
www.ricky_brands@yahoo.co.uk.

PS1. Essa lista não estaria tão incrementada se não fosse a colaboração de alguns amigos (Edmilson Ito, Fernando Pereira, Wagner Mekaru, Antonio Passos). Valeu pela ajuda!

PS2. Os vídeos apresentados nem sempre são os vídeos oficiais das canções, portanto, ouçam as músicas e desconsiderem o vídeo (quando necessário).

PS3. Infelizmente, algumas dicas da lista ficaram sem link para o vídeo, mas procurem na net e ouçam, vale a pena.

Sisters of Mercy –
“Gimme Shelter” (orig. Rolling Stones)
Sex Pistols –
“My Way” (orig. Frank Sinatra)
Swans –
“Love Will Tear us Apart” (orig. Joy Division)
Rolling Stones – “
Like a Rolling Stone” (orig. Bob Dylan)
Depeche Mode – “
Route66” (orig. Rolling Stones)
Bauhaus –
“Ziggy Stardust” (orig. David Bowie)
Guns ´N Roses –
“Knocking on Heaven´s Door” (orig. Bob Dylan)
Nirvana –
“The Man Who Sold the World” (orig. David Bowie)
Legião Urbana –
“Rise” (orig. PIL)
Primitives – “I´ll be Your Mirror” (orig. Velvet Underground)
U2 –
“Helter Skelter” (orig. Beatles)
Annie Lennox –
”Waiting in Vain” (orig. Bob Marley)
Laibach –
“The Final Countdown” (orig. Europe)
And One –
“Big in Japan” (orig. Alphaville)
Xorcist – “Smell Like Teen Spirit” (orig. Nirvana)
Second Decay – “Born to Be Alive” (orig. Patrick Hernandez)
Trance To The Sun – “China Girl” (orig. David Bowie)
Eve's Plum – “Save a Prayer” (orig. Duran Duran)
Frente! - “Bizarre Love Triangle” (orig. New Order)
Concrete Blonde –
“Little Wing” (orig. Jimi Hendrix)
The Jesus and Mary Chain –
“My Girl” (orig. Eddie Cochran)
The Ramones –
“What a Wonderful World” (orig. Louis Armstrong) I
ron Maiden – “Cross-Eyed Mary” (orig. Jethro Tull)
Rush – “Summertime Blues” (orig. Eddie Cochran)
Angra – “Wuthering Heights” (orig. Kate Bush)
Ratos de Porão – “Commandos” (orig. Ramones)
Echo in the Bunymen – “People are Strange” (orig. The Doors)
Siouxie and the Banshes – “Dear Prudence” (orig. Beatles)
Moby – “New Dawn Fades” (orig. Joy Division)

CD News

Dosh

Aí está um cara que poderia figurar em qualquer edição do extinto “Free Jazz Festival” ou do atual “Skol Beats”. E a mistura é exatamente essa – jazz e eletrônico e todo o experimentalismo que pode sair disso.

O lado eletrônico da música desse norte-americano de Minneapolis não é para as pistas. O recurso é bem utilizado para explorar algumas “viagens” sonoras. E do outro lado, uma levada jazz-lounge que dá o toque rítmico das suas composições.

Como, ao menos o que eu ouvi é somente instrumental, isso pode cansar um pouco alguns ouvidos. Ainda assim, convido a você, que quer novidades e não obviedades, a ouvir Dosh.

Ouçam no
http://www.myspace.com/doshanticon

The Whip

O som eletrônico agora vem do outro lado do Atlântico, mais precisamente, de Manchester e, contrapondo ao Dosh, supracitado, é eletrônico, pop, dançante e ponto.

Em alguns momentos chega até a lembrar um pouco algumas faixas do The Music (desconsiderando o vocal, é claro), pelas batidas eletrônicas e alguns efeitos, aliás alguns efeitos digamos, retrô.

Ouçam no
http://www.myspace.com/thewhipmanchester

Boca Chica

Não é uma banda latina, muito menos de Miami ou Los Angeles. São norte-americanos sim, mas de Pittsburgh. E vale dizer também que o som nada tem a ver com “melodias caribenhas”.

Os vocais lembram, em alguns momentos, a vocalista do Cranberries, porém sem a “energia” do pop rock desta, que aqui é substituído por uma tranqüila sonoridade indie-folk.

Vejam o vídeo de
Transform into Beast

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/bocachica


Laura Marling

Essa inglesa figura na lista, quase infinita, de cantoras folk-pop, e neste caso, você pode estar pensando...”ahhh não, mais uma?”. Laura Marling, porém busca se diferenciar, fugindo um pouco do lado “pop” e criando uma cadência mais alternativa, onde os vocais buscam expressar por si só todo o sentimento de suas canções e os instrumentos ficam com uma participação secundária, sutil. Vale conferir o seu álbum de estréia “Alas I Cannot Swim”.

Vejam o vídeo de
Night Terror

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/lauramarling

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CD News

Los Campesinos

Algumas coisas são uma grande incógnita para mim no mundo da música e mais uma acaba de entrar nessa classificação. Por que Los Campesinos precisam de 7 integrantes para fazer o som punk com alguns toques de ska, tudo bem sublimado, bem pop?

Essa é uma grande dúvida que, se você tiver curiosidade em descobrir, pode começar pelo myspace http://www.myspace.com/loscampesinos.

O som destes caras do País de Galês não tem nada de especial. Estão lançando o primeiro álbum “Hold on now, Youngster...” e diria que salvam uma ou duas faixas no máximo, mas essa é a minha opinião. Tirem as suas próprias conclusões.

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/loscampesinos


Electric Pop Group

A perfeição começa no nome da banda, simples, direto e objetivo. O nome já diz tudo e ainda bem que é sem frustração.

A fórmula é “batidíssima”. A guitarra é melódica, simples. O baixo está ali fazendo o seu papel discreto, encaixando com a bateria que dá o ritmo sem sobressair e o vocal invocando todo o lirismo pop. Uma fórmula infinitamente repetida, mas quando bem repetida, o resultado é fantástico. E esse é exatamente o caso do Electric Pop Group!

Vejam o vídeo de
My Only Inspiration

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/theelectricpopgroup


The Apple in Stereo

O quinteto de Denver não é tão novo assim. Já estão na estrada há 15 anos e tem na bagagem 6 álbuns de estúdio e um ao vivo, fora os EP´s e afins, mas consegue soar “atual” com o espírito dos anos 90 e eu diria até, fim dos 80 também. Perfeito para o momento “revival” infinito que estamos vivendo.

O Apple in Stereo tem momentos que lembram muito Teenage Fanclub, Mighty Lemon Drops, Lightning Seeds e afins. Um prato cheio se você curte essa praia. Eu curto!

Vejam o vídeo de
Energy

Ouçam mais no
http://www.applesinstereo.com/

Foals

No myspace do Foals já se encontra a melhor definição do som deles – Pop/Pop/Pop.

Eles seguem bem o estilo “batidas rápidas” do Franz Ferdinand e do Arctic Monkeys, porém sem o vigor e o talento “pop” destes.

Vejam o vídeo de
Balloons

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/foals

Maia Hirasawa

Por esse sobrenome toda uma referência japonesa surge em nossa mente naturalmente, mas, estamos falando de uma cantora da Suécia. É claro que há uma ascendência japonesa, perceptível pelos olhos característicos, mas é só.

E se fecharmos os nossos olhos e prestarmos atenção somente aos vocais, uma grande maioria vai dizer “música nova da Björk”. Incrível a semelhança do tom de voz entre as cantoras, porém a Björk com o seu estilo próprio e inovador partiu para uma viagem mais dissonante, menos cadenciada e mais eletrônica. Já Maia Hirasawa, pegou um caminho mais “corriqueiro”, um pop-folk, com melodias bem tranqüilas, sem experimentalismo.

Opções musicais distintas, mas com alguma coisa em comum.

Vejam o vídeo de
Gothenburg

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/maiahirasawa

domingo, 13 de abril de 2008

CD News

Lykke Li

E o mundo escandinavo está numa efervescência musical incrível. Esta bela sueca é mais um destaque daquelas terras geladas.

Com uma voz suave, quase infantil, e uma musicalidade eletro-pop, Lykke Li apresenta uma série de canções para agradar a todos (de bom gosto, é claro!).

Youth Novel é o seu primeiro álbum, que acredito ser difícil até baixar pela net, mas visite a página dela no MySpace e confira algumas músicas.

Vejam o vídeo de
Little Bit

Fuck Buttons


O mundo musical nem sempre é pop, meus amigos. A prova disso é esse duo inglês, de Bristol que segue à risca o nome da banda e detona um experimentalismo eletrônico, sonoridades desconexas, distorções, ruídos e tudo o quanto é denominação de barulho, tudo dentro de uma linha “harmônico-melódico-repetitiva” que leva o ouvinte à beira da loucura.

Seria uma perfeita trilha sonora para uma possível releitura atualizada do filme “Laranja Mecânica”.

Confiram com moderação!

Vejam o vídeo de
Bright Tomorrow (mas não se deixe enganar pelos primeiros 3 minutos!)

Mono in VCF

Um indie pop diferente, obscuro e psicodélico e, sem dúvida, uma excelente banda. É assim que eu poderia identificar o som dessa banda de Seattle.

O Mono faz um som com nuances diversas da cena “indie” mas se envereda pela psicodelia típica dos anos 60´s e um toque “dark” na sonoridade em geral. Eu diria que é a banda da atualidade perfeita para figurar numa trilha sonora do Tarantino. E isso, sem dúvida, já é um belo “selo de qualidade”.

Eles lançaram o primeiro álbum, o qual leva o nome da banda, no final do ano passado e já nos deixa de olho no próximo.

Vejam o vídeo de
Masha

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/monoinvcf

M83

É um projeto solo do francês Anthony Gonzalez iniciado em 2001 (nesta época em parceria com Nicolas Fromageau) e que já tem 5 álbuns lançados, sendo “Saturdays = Youth” o último deles.

O som do M83 nos faz voltar aos anos 80 e nos relembrar de bandas como Chapterhouse, Lush e até Cocteau Twins no Heaven or Las Vegas, naquela mistura de guitar band suave, com vocal meio sussurrado, meio “espacial”, algum toque eletrônico e uma levada etérea na melodia.

Não diria que é o máximo, mas não deixa de ser uma boa opção.

Vejam o vídeo de
Graveyard Girl

Ouçam mais no
http://www.myspace.com/m83

quarta-feira, 9 de abril de 2008

CD News

Bodies Without Organs

Entre um blog aqui e outro ali, eis que descubro Bodies Without Organs. É claro que o nome despertou meu interesse no som desses caras e...bem, tem tudo a ver...com Pet Shop Boys.

A turma do Bodies Without Organs incorporou tanto a fonte que até o timbre de voz do vocalista e os teclados se assemelham (para não dizer copiam) aos do Pet Shop Boys.

Na época em que muitos ouviram a “banda-origem”, pela primeira vez, soou interessante. Hoje, ver essa releitura soa, no mínimo, engraçado. Confira!

Vejam o vídeo de
Save my Pride

Plants & Animals

Não é se trata de nenhuma ong ambientalista. É apenas um trio canadense indie pop com uma leve sonoridade folk-country, diretamente de Montreal, que surgiu em 2003 lançando um álbum, digamos experimental/instrumental financiado pelo Canada Council for the Arts.

Seu segundo álbum, e o primeiro digamos comercial acaba de ser lançado e se chama “Parc Avenue”.

Vale a pena pelo menos conhecer!

Vejam o vídeo de
Good Friend

Helvetia

Não consegui muita informação sobre essa banda, mas o que eu ouvi chamou a atenção.

O Helvetia é de Seattle e, sempre que se fala em Seattle o ruidoso “grunge” se destaca, mas não é isso que você vai ouvir. Na verdade, Helvetia toca um indie pop que não chega a ser de todo “comercial” e, portanto, pode não agradar a todos, mas deve agradar a muitos.

As suas canções lembram outra banda com as mesmas características, o Galaxie 500 e, lendo uma matéria sobre eles, eis que descubro que dois dos integrantes do Galaxie 500 tocam no Helvetia. Nenhuma surpresa!

Vejam o vídeo de
What it did

Sara Bareilles

Você vai ouvi-la e pensar “eu já ouvi isso antes...quem é mesmo?”. Vamos responder as questões passo a passo.

A sensação de “eu já ouvi isso antes” é verdadeira, e bem verdadeira por sinal. Sara Bareilles, uma norte-americana de XX anos é mais uma daquelas vozes folk-pop que soam exatamente iguais a Norah Jones, Aimee Mann e até mesmo Sheryl Crow.

Nada a agregar, pop flat e com todos os ingredientes das suas “companheiras de estilo”.

A outra pergunta “quem é mesmo?”, bem agora você já sabe. Como eu já disse antes, se você gosta do estilo e quer ouvir coisas novas, mas que lembram algo, go ahead!

Vejam o vídeo de
Love Song

Um minuto de silêncio

No último dia 20 o mundo da música, em especial da música eletrônica, perdeu um ícone – Klaus Dinger, um dos integrantes da vanguardista banda alemã Kraftwerk.

Não poderia ter saído de nenhuma outra cultura, se não a Alemã, uma banda com o estilo de Kraftwerk, não apenas pela musicalidade, mas também pela incorporação robótica que os seus integrantes faziam e fazem (jamais pensei em aplaudir um robô no palco, e isso eu o fiz vendo Kraftwerk ao vivo. Simplesmente fantástico!).

Vejam os vídeos do Kraftwerk

The Robots
Radioactivity
Musique non stop
The Man Machine

quinta-feira, 3 de abril de 2008

CD News - Sonoridades Alternativas

Portishead

Você é daqueles que curte Portishead pela angustiante voz de Beth Gibbons e batidas profundas, densa melodia e baixo marcante? Bem, você corre um sério risco de se decepcionar com o mais novo álbum da banda “Third”. Por outro lado, se você não gostava daquele Portishead, vai se surpreender com o novo.

Lançado 11 anos após o maravilhoso “Dummy”, “Third” continua apresentando a agonia vocal, o desespero quase suicida de Beth Gibbons, aliás, em doses até maiores do que antes, eu diria, mas a melodia, as batidas do Portishead deram lugar a algo mais eletrônico, mais seco, rústico e até desconexo em alguns casos. Uma colagem de sons no limiar entre o melódico e caótico.

Ainda assim, é Portishead e pode agradar a fãs e não fãs.

Vejam o vídeo de
Machine Gun



A Place to Bury Strangers

Você teve a oportunidade, ou melhor, a fantástica oportunidade de ouvir as distorções e microfonias do The Jesus and Mary Chain no seu seminal “Psychocandy” ou do My Bloody Valentine? Ou conheceu as melodias soturnas e vocais gélidos dos Swans ou Joy Division?

Primeiro, você é sortudo (a) e tem bom gosto. Segundo, você pode ouvir tudo isso de novo, só que através dos caras do A Place to Bury Strangers.
Esse trio do Brooklyn (incrível não?), buscaram suas referências no “dark side of the 80´s”, explorando sonoridades dicotômicas demais – de um lado as irritantes, estridentes microfonias e distorções e de outro, uma melodia angustiante e belíssima.

Isso sem falar na plástica de alguns vídeos, como “The Falling Sun”, uma obra de arte.

Vejam os vídeos:
I know I´ll see you
The Falling Sun

Under Byen

Você não suporta a Björk pela sua sonoridade desconexa, desritmada? Então, essa dica não é para você!

Mas, se você procura por algo na linha da Björk, acabou de achar!

O Under Byen vem da Dinamarca e lançaram seu primeiro álbum em 1998 e já contam com três álbuns, tendo lançado o último em 2006.

A banda conta com 8 integrantes para elaborar a sua sonoridade viajante, etérea, bem ao estilo da Björk (e prestem atenção aos vocais Henriette Sennenvaldt, qualquer semelhança com a islandesa....).

Vejam o vídeo de
Af Samme Stof Som Stof

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