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domingo, 1 de junho de 2014

Eletro Trip

PURITY RING – “Shrines”
Shrines

É eletrônico, mas não é assim… dançante.

É pop, mas não é assim… popular.

Assim podemos começar descrevendo a sonoridade, incrivelmente, envolvente do duo Synth-Pop canadense Purity Ring.

Lançado pelo selo 4AD… e diga-se de passagem não poderia ter sido lançado por outro, o próprio site da 4AD comenta “Purity Ring faz canções de ninar para as pistas de dança (Purity Ring make lullabies for the club)”.

E essa não poderia ser a melhor síntese do trabalho de Corin Roddick e Megan James nesse debut lançado em 2012.

De um lado a sonoridade leve, onírica, sofisticada nos envolve num “abraço sonoro” sutil, aconchegante e
nos conduz a uma viagem prazerosa entre teclados, samplers e batidas que fazem um papel, eu diria, secundário para uma banda de eletrônico, mas que cai como uma luva para os vocais de Megan.

Com uma voz que traz uma simbiose entre a inocência e o encanto de uma criança e lado lúdico e a sutileza do mundo dos sonhos, Megan nos conduz por uma trilha que, quando menos esperamos, traz motivos e sensações lúgubres, levemente assustadoras, porém suavemente encantadoras.

Se você já leu Sandman, o clássico dos quadrinhos adultos criado por Neil Gaiman, consegue entender,
perfeitamente, o que esse mix antagônico de sensações significa. E eu até diria que Purity Ring seria a trilha sonora perfeita para uma versão cinematográfica de Sandman.

É doce… mas assustador.

É pop… mas alternativo.

É inocente… mas profundo.

É complexo… mas muito prazeroso… afinal quem disse que o mundo dos sonhos tem ordem!

Viagem com Purity Ring.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Indie Lírico

BAT FOR LASHES – “The Haunted Man”

The  Haunted Man 

Vou fazer uma confissão… não me recordo do primeiro álbum do Bat For Lashes, mas do longínquo e vago que minha memória pode me oferecer de referência, aquele álbum era distinto desse último The Haunted Man.

Esse traz nuances “intricadas” e distintas que contemplam um lirismo intenso, muito evidente pelos potentes vocais de Natasha Khan, inglesa de Brighton, mas com ascendência Paquistanesa (talvez essa seja uma das fontes da sonoridade peculiar desse álbum).

Miss Khan.jpg 

The Haunted Man transita em um indie alternativo com claras influências de elementos etéreos, suaves, melódicos e instrospectivos típicos de deusas do mundo da música como Björk ou Kate Bush. E ainda assim, esse álbum do Bat For Lashes é também intenso. Tem seu vigor, seja pela melancolia ou o lado soturno de sua cadência melódica ou pelo força, pela energia e sentimento expressos pela bela voz de Khan.

O grande ponto aqui é o seguinte….não importa o que te levará a ouvir The Haunted Man, mas seja o que for, certamente o encantará.

Assista a Bat For Lashes

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pego na contramão

THE XX – “Coexist”

Olhando as fotos dessa banda e avaliando o seu nome na hora veio à minha mente algo no estilo de Glasvegas ou She Wants Revenge.

E fui pego na contramão no melhor sentido possível.

Nada de Shoegazer. Nada de distorções ou batidas fortes e marcantes. Aqui você entrará numa viagem sutil, delicada onde o onírico impera através de um teclado contínuo e uma guitarra que bem nos levará a referências sofisticadas como Durutti Column ou Dif Juz.

The xx

Esse trio recém saído do High School também mescla nuances soturnas dignas dos clássicos 80´s do estilo, mas tudo isso se ameniza ou melhor, ganha um nova aura com os vocals delicados e belos de Romy Madley Croft.

Um álbum versátil que atende gostos e situações diversas e com muito muito bom gosto.

The XX Official Site

Confira Coexist na íntegra.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Senti falta…

TALES OF MURDER AND DUST  - “Hallucination”

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Tudo é perfeito nesse álbum!

O nome é sugestivo. A capa é instigante. E a sonoridade, bem a sonoridade de Tales of Murder and Dust é uma viagem das mais belas que já ouvi.

Oriundos da Dinamarca (quando é que esses Escandinavos vão parar de surpreender?), esse sexteto se envereda por referências tão alternativas, e ao mesmo tempo, tão belas que é impossível ouvir uma vez só.

Numa mescla de shoegaze, noise, um folk bem alternativo e a dose certa de psicodelia, Tales of Murder and Dust te conduz a lugares longíquos, mas cujo o percurso é tão belo que a distância passa despercebida.

Eu estava mesmo sentindo falta de algo diferente, belo e que me me fizesse pensar que vale a pena garimpar na internet. Sim, eu afirmo…. vale muito a pena!

Conheçam Tales of Murder and Dust no Site Oficial da banda.

Baixem o álbum de graça no Bandcamp da banda.

E para te instigar um pouco, vejam o vídeo abaixo.

sábado, 17 de março de 2012

E depois de algum tempo...

A SLOW IN DANCE - "Back to the Brightside"

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Sim, meu caros, fiquei um tempo longe do The Sounds Of, me concentrando no blog de fotografias, o qual tem me tomado tempo. Mas, como sempre estou ouvindo música enquanto trabalho nas fotografias, arrumei um tempinho para lhes apresentar A Slow in Dance, banda da Indonésia, descrita pelos próprios membros como "experimental/instrumental rock".

Esse quinteto traz, nesse álbum, cinco faixas viajantes, mas sem cair numa insuportável viagem ao infinito, como ocorre com alguns que se aventuram no mundo instrumental.

A Slow in Dance traz um mix pop-rock, na verdade, mantem-se dentro de certos "parâmetros controlados", o que, em hipótese alguma, significa qualidade limitada.

Não sei se eles tem outros trabalhos, mas esse EP vale a pena ser conferido.

A Slow in Dance no Facebook.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Só ficou bom no papel

LOU REED & METALLICA – “Lulu”

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Como sempre dizem… “O papel aceita tudo”.

A proposta parecia interessante. De um lado, a poesia alternativa e enigmática de Lou Reed e de outro a marretada do Metallica (que nem tem sido tanto, mas sempre traz surpresas boas). Uma combinação inusitada, mas com fortes indícios de um bom resultado (não à toa, o semanário inglês NME também inclui esse álbum na lista 25 albums you must hear this autumn).

O que ficou mesmo desse projeto foi uma grande decepção. Um excelente exemplo de falta de sinergia, entrosamento ou qualquer outro elemento necessário para um grupo de pessoas fazer um bom trabalho.

Não houve conexão entre Lou Reed & Metallica. Não houve harmonia sonora. Chego até a dizer que não houve atenção e dedicação e, sem dúvida, não houve inspiração.

Percebe-se, nitidamente, que o Metallica estava envolvido numa “neblina criativa” impedindo que Lars Ulrich e seus companheiros tivessem um único bom momento se quer. Enfadonho, cansativo e esqualidamente criativo, o lado sonoro do álbum não poderia ter outro complemento que a apatia vocal de Lou Reed, que manteve seu estilo, diga-se de passagem, mas jogou fora a sua energia.

Para não ser desonesto, o álbum apresenta duas ou três faixas audíveis, mas ainda assim não vale a tortura das demais, até porque trata-se de um álbum duplo.

Não se deve avaliar um livro pela capa, mas no caso de Lulu, a capa diz tudo, ou melhor…nada!

Lou Reed & Metallica Official Site

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Começando pelo final

FOL CHEN – “Part II – The New December”

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À primeira vista imagina-se uma banda chinesa. Nada disso! O nome engana bem.

Os caras em questão vem dos EUA, de Los Angeles e por aqui acabam as informações, eu diria, já que os integrantes do Fol Chen decidiram manter-se no anonimato, não mostrando seus rostos, mesmo ao vivo ou em vídeos.

Bem, como isso não é um concurso de beleza, não estamos à procura de “mais um rostinho bonito”, correto?

Pois bem, mas o que toca Fol Chen. Acabei de conhece-los pelos segundo álbum,Part II – “The New December” e resumindo eles trazem elementos eletro-pop, uma aura dançante e bons momentos indie pop (li que o Part I… é um pouco diferente disso).

Fol Chen

 

domingo, 8 de janeiro de 2012

São poucos, mas existem.

SIGUR RÓS – “Inni”

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Um dos grandes álbuns ao vivo que já ouvi foi Nocturne da Siouxsie and the Banshees. Alguns outros passaram pelas minhas mãos nesse tempo, mas sem grande impacto, já que álbum ao vivo tem dois grandes defeitos: 1 – a banda gosta de inventar versões que matam algumas músicas. 2 – aparece tanto a platéia gritando e aplaudindo que a compromete a audição.

Dito isso, preparem-se para se surpreender com esse fantástico álbum ao vivo do Sigur Rós, que também figura na lista da NME – 25 albums you must hear this autumn.

A primeira surpresa fica por conta da qualidade do som. Em muitos momentos você vai se perguntar se é realmente um álbum ao vivo. A banda consegue manter a aura de suas músicas intactas, envolventes, perfeitamente lindas como são em estúdio.

E essa é a segunda surpresa. Que belíssimo álbum!

Com uma habilidade indescritível, um talento sem precedentes e uma sensibilidade aguçada, Sigur Rós é inebriante em Inni. Soturno, melancólico, melódico e envolvente, esse álbum vai te transportar para dimensões que ampliarão, e muito, as suas referências e amplificarão os seus sentimentos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Hermeticamente Surreal

BJÖRK – “Biophilia”

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A trajetória de Björk ja deixava claro o caminho que ela iria seguir.

imageDesde os idos do Sugar Cubes, essa bela islandesa mostrou-se exótica não apenas na aparência, mas também nas suas criações musicais.

Dona de vocais peculiares, Björk conseguia impressionar mesmo em musicas pop do Sugar Cubes, como “Delicious Demon”. Mas essas referências foram ficando para trás com sua carreira solo que se enveredou para um mundo paralelo, onde a música explora referências desconexas, sonoridades inconstantes e desritmadas e cadências experimentais.

Em seus primeiros álbuns Björk ainda mantinha, em um outro momento, uma certa “conexão terrestre” com o mundo das melodias facilmente assimiláveis, vide “Army of Me”, “It´s ohhh so quiet” ou “Bachelorette”. Mas, como uma sonda que parte para descobertas de novas galaxias, ela tomou um rumo que chegou a Biophilia, seu mais recente álbum, e que apresenta um mundo onde o minimalismo sonoro impera.

Biophilia chegou no topo da escala da evolução da Björk, sendo o álbum onde o experimentalismo é a linha melódica, se é que esse álbum apresenta alguma, e você ainda pode interagir com ele através do app Biophilia na Apple Store.

Um álbum hermético, de dificil audição, de cadência diferenciada e, por tudo isso, exige a atenção de quem decide ouvi-lo, e justamente por esse nível de atenção a mais exigido, é que se captura toda a sua beleza.

Björj Official Site

Björk no Last FM

domingo, 27 de novembro de 2011

O outro lado dos anos 90

LOVE IS COLDER THAN DEATH – “Teignmouth”

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No final dos anos 80 e início dos anos 90, alguns clubes alternativos desfilavam um lineup bem diferenciado e obscuro em suas pistas.

E grande parte dessas obscuridades vinham de países fora do eixo EUA-Inglaterra, como Alemanha, Bélgica, Austria, etc.

Uma dessas referências é a banda alemã Love is Colder Than Death, quarteto que segue a linha darkwave de um lado, com vocais femininos ao estilo “esclesiástico”, melodias intensas e levadas soturnas. E, de outro, batidas mais agressivas com influência E.B.M (Electronic Body Music) e vocais masculinos mais “rasgados”.

Esse é o cenário que se encontra claramente no álbum Teignmouth, primeiro álbum da banda depois do EP Wild World e de participações em diversas compilações (outra característica marcante daquele período para bandas desse estilo).

Descubra qual lado mais lhe agrada.

Love is Colder Than Death Official Site

Love is Colder Than Death no MySpace

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Respeitável Público

HYDE & BEAST – “Slow Down”

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A começar pelo nome, Hyde & Beast já nos remete a um romance ao estilo dos clássicos “Médico e o Monstro”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” , etc. Aliás, foi do original “Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde” que eles tiraram o nome da banda.

Ao ouvi-los eu constatei que Slow Down traz sim uma carga dramática bem apropriada para trilha sonora. Na verdade mais que isso. Slow Down bem que poderia ser o roteiro.

Os títulos das canções ja sugerem isso, criam uma ambientação imagética. Os seus vídeos também trazem uma certa “dramaticidade”, agora a construção musical desse álbum nos leva por uma linha de início-clímax-desfecho.

Agora, o que leva a crer que Hyde & Beast poderia ser usado por Tim Burton e Johnny Depp num filme de universos fantasiosos é a sua sonoridade singular.

Fugindo das construções melódicas atuais a banda, ou melhor, a dupla (sim, acreditem é apenas uma dupla responsável por essas canções incríveis) trabalha suas canções criando uma ambientação onde prevalece a essência alternativa e referências dos anos 60 e 70.

Num mix de instrumentos com “camadas” de vocais, Hyde & Beast passeia por um universo indie com forte influência de canções folclóricas e uma certa dose de psicodelia que te prende, mesmo que de início não se haja uma linha melódica mais envolvente.

Sente-se, confortavelmente, em sua poltrona, alimente seus ouvidos com Hyde & Beast e instigue sua mente numa viagem bem interessante.

Hyde & Beast Official Site

Hyde & Beast no MySpace

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

É sempre uma novidade

PIXIES – “Bossanova”

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Totalmente desnecessário descrever Pixies, e ainda bem que o é, porque é algo bem dificil para dizer o mínimo, ja que os caras fazem parte daquele infinitesimal grupo seleto de bandas que foram além de estilos pré-concebidos e criaram algo único, nesse caso, “o estilo Pixies”.

E como ocorre nesses casos, o tal estilo é atemporal. Na verdade, mais que isso. É sempre atual!

Sentado na sala de espera do aeroporto fiz uma viagem sem embarcar. Comecei ouvindo Bossanova, um, apenas um dentre todos os demais excelentes álbuns desta banda, e sempre, mas sempre me surpreendo com a criatividade com que eles criaram suas canções. E como soam tão “para hoje”! E o mais legal de tudo é que Bossanova é de 1990.

Vamos nos manter atualizados com Pixies.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que há de errado com o domingo?

SUNDAY MUNICH – “Pneuma”

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Os Europeus tem uma relação intrigante com o domingo quando se trata de música (vide “Everyday is like sunday” – Morrissey ou “Sunday Bloody Sunday” – U2), mas pelo visto essa relação atravessou o oceano e atacou os EUA que trazem Sunday Munich, banda de Chicago.

Ao descobrir Sunday Munich foi automático tal nome me remeter a uma tarde cinzenta, suavemente fria, sem cores, algo muito semelhante com a abertura do DVD TRilogy do The Cure, embora esse tenha sido gravado em Berlin. Só não esperava que o Prozac fizesse parte do kit (e está lá quase literalmente).

O álbum Pneuma se inicia com a faixa que leva o nome “Prozac” e estejam seguros que angústia dos vocais de Sarah Hubbard quase te fazem pedir por um.

Mais intenso ainda é que na sequência a faixa leva o título de “Smallest Tragedy” e pra fechar o início do álbum temos “Home”. Uma bela trilogia, não?

A conexão literária dos títulos acaba por aí, mas não a vibe melancólica, densa e depressiva que até nos remete a angústia de Cranes com a diferença da sonoridade que embala as canções. Em Sunday Munich a linha melódica está na trilha do trip-hop. Aliás, se fosse possível desconectar o instrumental dos vocais eu diria que Pneuma poderia muito bem ser uma excelente trilha lounge.

Não se deixem levar, entretanto, apenas pela “lado negro” deste álbum, pois ele pode sim tornar seu domingo um dia interessante.

Sunday Munich no MySpace

domingo, 16 de outubro de 2011

Variações de alta classe

ANNA CALVI – “Anna Calvi”

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Prepare-se para se surpreender!

Isso é o mínimo que vai acontecer com você ao ouvir um álbum de variações tão bem construídas.

É dificil “categorizar” Anna Calvi já que ela se envereda por caminhos os mais inusitados nesse debut que leva seu nome.

Só para dar algumas pistas. A primeira faixa fica no instrumental. Uma guitarra que bem serviria de trilha sonora para alguma cena chave de Quentin Tarantino apresenta “Rider to the sea”.

Ali ja se percebe que a atmosfera será densa e encorpada com sonoridades marcantes.

A segunda faixa nos brinda com um baixo acentuado e a voz de Anna Calvi, que acreditem, somente vai se revelar nas canções subsquentes (mas, sejamos francos, que belo início, não?).

Aliás, a voz de Anna Calvi é algo que merece um comentário à parte, pois apresenta um vigor único. É um voz marcante, sem sombra de dúvidas, que confere um "corpo” especial para suas canções, chegando em alguns momentos a tomar uma aura épica, eu diria.

Imaginem um álbum que apresenta canções que alternam a cadência sonora dentro de um indie rock longe do trivial, e ainda tendo um vocal com as qualidades descritas acima. Não há como não se surpreender.

Anna Calvi Official Site

Anna Calvi no MySpace

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Positivo Ponto de Inflexão

BAT FOR LASHES – “Fur and Gold”

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Os Marketeiros de plantão conhecem bem o gráfico de ciclo de vida de um produto. É aquele gráfico cujo formato lembra uma “montanha”.

Vocês devem estar se perguntando o porque de eu falar de um gráfico nesse post. É que ao ouvir Bat for Lashes e a eclética nuance de estilos do álbum Fur and Gold foi essa a imagem que veio à minha mente para explica-la.

E o curioso é que a mudança de estilo começa a ocorrer justamente no ponto de inflexão do álbum, ou seja, por volta das faixas cinco e seis, na metade do álbum.

Sigam meu raciocínio. Natasha Khan, a responsável por Bat for Lashes, tem uma ascendência paquistanesa por parte de pai. E isso explica o lado “místico” que inicia esse seu primeiro álbum. Não chega a ser um misticismo arraigado, de uma “orientalidade intensa”, mas os elementos presentes conferem um toque especial às primeiras faixas de Fur and Gold.

De repente, os elementos místicos abrem espaço para um sonoridade mais conhecida de quem curte um adult pop. Batidas mais marcadas ocupam os espaços onde antes ecoavam as notas do Cravo.

Mas, calma, tudo isso dura apenas algumas faixas, pois ao se encaminhar para o final do álbum, as canções de Bat for Lashes ganham uma aura alternativa, de uma suave dose minimalista, de sensações mais intensas e igualmente incríveis como todas as “demais fases”.

Bat for Lashes conseguiu transitar entre diversos estilos sem se perder, mantendo a unicidade do álbum, nos conduzindo por “roteiros” incríveis e igualmente agradáveis.

Bat for Lashes Official Site

Bat for Lashes no MySpace

 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mais que alternativo…e do Brasil

VZYADOQ MOE – “O Ápice”

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Os anos 80 marcaram época, mesmo com todas as críticas expostas por alguns. Foi uma década de ousadia de estilos, de inovação musical, de variedade sonora, de criatividade.

Tudo isso permeou a cena musical da Europa em particular. Foi nessa época que bandas alternativas como Bauhaus, Einstürzende Neubauten, X-Mal Deutschland, Dif Juz, Collection D´Arnell-Andrea entre centenas de outras surgiram e deram o tom da década.

Do outro lado do oceano, longe desse cenário, mas não longe do estilo e das influências um nome carregava essa essência alternativa na veia. E foi aqui no Brasil.

A criatividade vem na essência da banda desde os primórdios, na formação do nome, criado através de um sorteio aleatório de letras surgindo Vzyadoq Moe.

A peculiaridade da banda ultrapassa, e muito, o seu nome inusitado. A sonoridade vislumbra caminhos até então nunca contemplados em bandas nacionais.

A bateria, por exemplo, eram latas de tintas. Isso mesmo, latas de tinta que garantiam batidas secas e de timbres inconfundiveis.

As guitarras eram distorcidamente ruidosas e perfeitamente adequadas aos vocais “falados” e intensos que declamavam rebuscadas criações literárias.

Uma banda alternativa. Uma banda nacional. Uma banda única e imperdível!

Vzyadoq Moe no MySpace

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Experimentalismo Australiano

PIKELET - “Stem”

imageAo olhar para Evelyn Morris é bem pouco provável que você tenha um indício se quer de Pikelet. Há uma certa dissonância cognitiva entre a pessoa real (Evelyn Morris) e seu codinome artístico (Pikelet).

image Não sei quem se sobrepos a quem nesse jogo id-ego, mas o resultado foi inusitado e muito interessante.

Stem é o segundo álbum dessa Australiana que passeia por um experimentalismo cativante. Pikelet consegue manter uma linha melódica mesmo com as “colagens” de instrumentos que ela utiliza. E faz um jogo de vocais que confere uma aura soturna às suas canções, algo que até me remete de certa forma a The Cranes, porém sem aquela acidez alternativa desta.

Um álbum que requer atenção e certo desprendimento das convenções, mas com certeza, de uma qualidade ímpar.

Conheçam Pikelet no MySpace.

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