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sábado, 26 de abril de 2014

Intensidade Etérea

POLICA – “Give You The Ghost”

Give You the Ghost

Uma combinação inusitada… um resultado surpreendente!

É assim que se sente ao iniciar a audição do debut album do Poliça – Give you the Ghost” e termina-la.

A voz infantil, quase angelical de Channy Leanegh, por si só já seria um convite ao onírico.

Agora com o reverb ecoando em quase todas as faixas, etéreo está lá nos conduzindo a uma viagem. Mas, não espere uma viagem tranquila, pois complementando-a temos batidas cheias de contratempos e “viradas” marcantes, com um “swing” todo especial, digno dos grandes ícones do Trip Hop.

 

Você deve estar se perguntando o mesmo que eu quando ouvi Poliça… como uma mistura dessas dá certo?

Eu te digo que não dá certo…. dá maravilhosamente certo… harmonica e envolventemente certo!

Aliás, o mais surpreendente é isso… numa combinação inusitada, com elementos, em princípio díspares e incongruentes, o resultado é algo mágico, intenso e sensível.

O que posso dizer mais sobre Poliça?… OUÇAM POLIÇA!!!

Poliça Official Site

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Meio ponto fora da curva

BONOBO – “Black Sands”

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Uma dúvida pairou na minha cabeça sobre fazer ou não esse post.

A dúvida veio porque o som do Bonobo foge um pouco ao que costumo apresentar aqui no blog, mas quem sou eu para decidir o que os outros vão ouvir? Eu apenas apresento as sugestões. Esse é o primeiro ponto.

O segundo ponto é que um mudança começou a aparecer em meio a audição do álbum Black Sands, quarto álbum de Simon Green, o homem por trás do Bonobo.

DJ inglês, Bonobo inicia Black Sands com um toque de Trip Hop e muita influência da música eletrônica. Eu diria que o álbum começa se apresentando como um “Lounge Eletrônico”. Boa música, mas o “eletrônico” aqui me incomodou um pouco. Entretanto, no decorrer do álbum se percebe a adição de outras influências como jazz e soul (em especial nas faixas “El Toro” e “We Could Forever”), onde as batidas sintetizadas abrem espaço para um belíssimo trabalho de uma bateria bem elaborada e que confere uma dose de sofisticação e personalidade a esse álbum.

O álbum segue uma linha instrumental, com exceção de três momentos nos quais Andreya Triana se apresenta, e muito bem, nos vocais (“Eyesdown”, “The Keeper” e “Wonder When”).

O resumo disso tudo é o seguinte. O lado eletrônico do álbum não chega a desagradar, já que a levada trip hop segura bem a vibe dessas faixas, mas não tira Black Sands de um parâmetro conhecido, porém quando as demais influências entram em ação, aí sim, faz toda diferença ouvir Bonobo.

Bonobo Official Site

Bonobo no MySpace

domingo, 20 de novembro de 2011

O bom nunca é demais!

ANDREYA TRIANA - “Lost Where I Belong”

image Andreya Triana deve ser um nome desconhecido para você, bem pelo menos para mim, o era. Agora, o que certamente não é desconhecido são as influências que inspiraram essa inglesa nesse debut.

Estou falando daquela vibe do trip hop com suas batidas e todo aquele swing que já marcou o trabalho de muita gente. Ora…aí você deve estar se perguntando “por que ouvir Andreya Triana se as referências são as mesmas, as já batidas de algo que já sei como será?”.

Primeiro, meu Caro, porque nunca é demais ouvir boa música. Andreya Triana traz nesse seu primeiro álbum uma sonoridade fantástica. Uma musicalidade que te envolve quase como um carinho. E segundo porque nesse movimento do Trip Hop as variações são incríveis. Cada banda explora uma nuance diferente, confere um toque marcante e singular, mesmo seguindo a mesma “espinha dorsal do estilo”.

E esse é o caso de Andreya Triana que consegue, nesse caldeirão básico do Trip Hop, colocar pitadas de swing a mais numa canção, explorar a sensualidade em outra e com isso compor um belíssimo álbum.

Belíssimo álbum que você precisa conferir se gostar de Trip Hop, mas principalmente se gostar de boa música.

Andreya Triana Official Site

Andreya Triana no MySpace

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que há de errado com o domingo?

SUNDAY MUNICH – “Pneuma”

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Os Europeus tem uma relação intrigante com o domingo quando se trata de música (vide “Everyday is like sunday” – Morrissey ou “Sunday Bloody Sunday” – U2), mas pelo visto essa relação atravessou o oceano e atacou os EUA que trazem Sunday Munich, banda de Chicago.

Ao descobrir Sunday Munich foi automático tal nome me remeter a uma tarde cinzenta, suavemente fria, sem cores, algo muito semelhante com a abertura do DVD TRilogy do The Cure, embora esse tenha sido gravado em Berlin. Só não esperava que o Prozac fizesse parte do kit (e está lá quase literalmente).

O álbum Pneuma se inicia com a faixa que leva o nome “Prozac” e estejam seguros que angústia dos vocais de Sarah Hubbard quase te fazem pedir por um.

Mais intenso ainda é que na sequência a faixa leva o título de “Smallest Tragedy” e pra fechar o início do álbum temos “Home”. Uma bela trilogia, não?

A conexão literária dos títulos acaba por aí, mas não a vibe melancólica, densa e depressiva que até nos remete a angústia de Cranes com a diferença da sonoridade que embala as canções. Em Sunday Munich a linha melódica está na trilha do trip-hop. Aliás, se fosse possível desconectar o instrumental dos vocais eu diria que Pneuma poderia muito bem ser uma excelente trilha lounge.

Não se deixem levar, entretanto, apenas pela “lado negro” deste álbum, pois ele pode sim tornar seu domingo um dia interessante.

Sunday Munich no MySpace

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

É com M…

MUSETTA – “Mice to Meet You”

cover Você está adentrando uma sala. Na verdade um grande salão. Ou melhor dizendo, um cabaré onde as luzes baixas e abajures espalhados tão um toque intimista e sofisticado ao lugar.

As paredes de um roxo intenso são percebidas de relance entre os sutis fachos de luz.

Poltronas vermelhas estrategicamente localizadas em cantos, mais ou menos obscuros completam a decoração e instigam os sentidos. Num dos extremos, há cortinas também vermelhas, como se escondessem ou anunciassem algo. Mas não esperem dançarinas de Can Can.

Nesse ambiente o show é de cada um se entregando de corpo, alma aos desejos ali instigados. E completando essa ambientação não poderia haver melhor trilha sonora do que Musetta.

Musetta é um duo italiano formado em Milão em 2008 e Mice to Meet You é o seu debut. Nesse álbum você encontrará uma sonoridade trip-hop, downtempo com uma pegada de jazz bem interessante e todo um toque, digamos instigante, de cabaré, aquela libido no ar.

Um álbum fantástico, diferente das referências mais conhecidas do estilo, e indispensável no seu playlist…esteja você sozinho ou acompanhado.

Musetta no MySpace

Musetta no Facebook

domingo, 4 de setembro de 2011

A pluralidade de um homem só

SALTILLO – “Ganglion”

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A primeira faixa se inicia com violinos densos e intensos criando uma atmosfera introspectiva. De repente, uma batida trip hop, que nos remete a Hooverphonic, num ritmo mais acelerado ocupa seu devido espaço, mas sem suplantar a melodia dos violinos e um vocal “falado” aparece momentaneamente para quebrar o hipnotismo que essa cadência nos impõe.

E dessa forma você é apresentado a Saltillo, um projeto do multi-instrumentista americano Menton Matthews. E esse pode mesmo receber o título de multi-instrumentista, pois ele é o responsável por todos os instrumentos do álbum Ganglion, e não são poucos: violoncelo, violino, viola, guitarra, bateria, piano e baixo.

Essa aura se mantém faixa após faixa desse maravilhoso álbum até que a faixa “Remember me'” nos traz outra surpresa. A vibe muda e traz energia, guitarras e batidas intensas que te prende ainda mais.

A partir deste ponto a arquitetura sonora de Saltillo adquire uma estrutura mais complexa e encantandora que nos impede direcionar a atenção para qualquer outro assunto.

Esse foi um achado ao acaso, mas com Ganglion, essa banda ja garantiu seu lugar na minha lista dos ilustres.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quase igual…mas não muito diferente

EVERYBODY LOVES IRENE - “On Second Thoughts, I Might Wanna Change Somethings”

image A primeira faixa se inicia. Você presta atenção e pensa “conheço isso”. De repente, a segunda faixa se inicia e você diz “nossa parece Portishead, mas o vocal está um pouco diferente”.

Isso é Everybody Loves Irene. Banda de Jacarta, Indonésia que bebeu diretamente na fonte de Portishead, incorporando aquela melancolia, aquela dor latente que Beth Gibbons despeja em suas canções.

E o “estranhamento” dos vocais não se dá apenas pela diferença no tom de voz, mas também porque Irene até canta em Indonésio (mas calma, é apenas em uma faixa do álbum “Rindu”, que significa “Saudade”).

O álbum seria nota 10 se não fosse por um pequeno deslize dos vocais masculinos em uma das canções e a presença discreta de uma pegada mais intensa na sonoridade. Isso de maneira geral porque as faixas “Architect” e “Ecstasy”, matam a pau e por elas já vale conferir esse som.

Everybody Loves Irene no MySpace

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Never Ending Surprises…

REGINA SPEKTOR - “Begin to Hope”

image A primeira faixa já te prende, ainda que te leve a referências conhecidas ao estilo Dido. A segunda faixa também te prende, pelas mesmas referências, mas com algo a mais..um vocal incrível.

image E assim você vai se envolvendo com Begin to Hope, quarto álbum dessa russa, nascida ainda na época da ex-URSS, mas radicada nos EUA, Regina Spektor. Mas, de repente, não mais que de repente a sonoridade vai ganhando uma personalidade diferente. Melodias mais marcantes, mais intensas, mais profundas e, ao mesmo tempo doces, agradáveis.

De repente o lado pop se esvai e em seu lugar um piano ocupa seu lugar e a voz desta russa domina e nesse ponto você já está entregue ao encanto de Regina Spektor.

Ela conseguiu um equilíbrio pra lá de perfeito numa mescla entre o pop, folk, elementos de jazz e uma certa “liberdade experimental” sem perder a noção do agradável em nenhum momento do álbum, mesmo cantando certos trechos em russo (vide faixa “Apres Moi”).

Em algum momento você pode até se perguntar se ainda estará ouvindo o mesmo álbum da primeira faixa ao chegar ao final, mas certamente você se encantará com todas as nuances e terá a certeza de que você precisa ouvir esse álbum de novo.

Não perca mais tempo, ouça já Regina Spektor Official Site ou MySpace

sábado, 30 de abril de 2011

Ela voltou…

MORCHEEBA - “Blood Like Lemonade”

frontA referência nos vocais do Morcheeba está de volta. Skye Roberts voltou a marcar presença no grupo em seu mais recente álbum Blood Like Lemonade. E fez mais que apenas colocar sua bela voz nessa álbum, ela e o Morcheeba estiveram no Brasil, no mês passado para um show no HSBC Brasil.

Já que não estive presente nesse momento histórico fui conferir o Blood Like Lemonade…e o que posso dizer é que fiquei com “gostinho de quero mais”. Na verdade, fiquei com uma sensação de que algo está faltando nesse álbum.

Se você, assim como eu, foi apresentado ao Morcheeba por pérolas como “Trigger Hippie” (Who Can´t You Trust), “Part of the Process” ou “The Sea” (Big Calm) ou “Slow Down” (Charango), deve perceber uma certa linearidade na cadência deste Blood Like Lemonade.

A voz de Skye Roberts continua imbatível, e segura atenção por todas as dez faixas, mas essa atenção vai virando uma certa angústia, pois o álbum vai passando e aquele Morcheeba não aparece totalmente. Falta o swing, a batida trip hop sutil, porém marcante da banda.

O álbum é bom e vai agradar a uma infinidade de ouvintes, sem dúvida, mas ainda assim não está à altura desta volta triunfal de Sky Roberts ao Morcheeba.

Morcheeba Official Site

Morcheeba no MySpace

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