
sábado, 5 de janeiro de 2019
Pelos caminhos Germânicos

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Revisitando: R.E.M
"Fables of Reconstruction / Document / Green / Automatic for the People"
R.E.M dispensa comentários. Isso é um fato! E todos sabem (creio que até aqueles que não conhecem R.E.M).
Uma banda icônica, um dos poucos exemplos de banda Norteamericana a fazer um som com personalidade, diferenciado, autêntico e ao mesmo tempo, pop, compreensível, encantador e, principalmente, longe da "pasteurização do tio Sam" que molda uma centena de bandas numa vala comum.
R.E.M foi marcante nos anos 80 e 90. Na minha adolescência acompanhou muitos momentos, festas, reuniões de amigos... simplesmente fez parte da minha história.
Na verdade, ao revisitar esses quatro CD´s a caminho do trabalho (fugindo das repetitivas e nauseantes notícias da podridão política desse país), percebi que R.E.M continua a fazer parte da minha vida, afinal a vida é também feita das memórias... ainda mais as boas memórias, também requer os seus toques de sensibilidade, de beleza e poesia e R.E.M cumpre esse papel com maestria.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Pego na contramão
THE XX – “Coexist”
Olhando as fotos dessa banda e avaliando o seu nome na hora veio à minha mente algo no estilo de Glasvegas ou She Wants Revenge.
E fui pego na contramão no melhor sentido possível.
Nada de Shoegazer. Nada de distorções ou batidas fortes e marcantes. Aqui você entrará numa viagem sutil, delicada onde o onírico impera através de um teclado contínuo e uma guitarra que bem nos levará a referências sofisticadas como Durutti Column ou Dif Juz.
Esse trio recém saído do High School também mescla nuances soturnas dignas dos clássicos 80´s do estilo, mas tudo isso se ameniza ou melhor, ganha um nova aura com os vocals delicados e belos de Romy Madley Croft.
Um álbum versátil que atende gostos e situações diversas e com muito muito bom gosto.
Confira Coexist na íntegra.
sábado, 6 de julho de 2013
Ingrata decepção
SELAH SUE – “Selah Sue”
Tinha tudo para ser uma grata surpresa, mas foi exatamente o contrário.
Numa tentativa de suprir a ausência de Amy Winehouse, só que loira, Selah Sue, se difere daquela não apenas pela cor dos cabelos.
Ela busca uma atitude construída que não vem naturalmente, tornando-se “fake”.
Suas músicas oscilam entre um pseudo-blues e um hip-pop-hop que carece de “sustância” e esbanja “adolescência” sonora que pode servir para Malhação, e olhe lá.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Surpreso? Eu fiquei…
LANA DEL RAY – “Aka Lizzy Grant”
A surpresa começou pela beleza “model style” de Elizabeth Woolridge Grant. A surpresa número dois veio em saber que ela é de Nova York. A terceira supresa veio com a bela voz de Lana Del Ray, o nome artístico da bela Elizabeth. E o início de outra série de surpresas veio com seu primeiro álbum, lançado em 2010, o qual tive o prazer conhecer agora.
A primeira faixa dá aquela nítida impressão de “entendi do que se trata”, ainda mais fazendo a simbiose com a pessoa em si. Mas, surpresa deveria ser parte do nome dessa mulher de voz suave, envolvente e que vai construindo um album com batidas simpes, porém marcantes e um conteúdo muito preenchido por belas melodias num ritmo eletro-dance até pop rock-adult pop que chega a nos remeter a Jem e Nancy Sinatra.
Esse debut de Lana Del Rey poderia bem ser classificado como “uma caixa de Pandora ao contrário”, pois só traz coisas boas.
sábado, 24 de março de 2012
Dance me to sleep
STARFUCKER – “Reptilians”
Reptilian deriva de reptile (répteis) em inglês, sendo o adjetivo. E os répteis são aqueles animais cuja a temperatura do corpo se adapta à temperatura ambiente, ou seja, um grande poder de adaptação e mutação.
Isso posto, digo que não poderia ter um termo para melhor descrever o álbum Reptilians do Starfucker (ou STRFKR, se preferir), pois traz uma simbiose bem interessante de música eletrônica, synth pop e indie o que faz desse álbum um coringa.
Se quiser dançar, ouça-o.
Se quiser cantar, ouça-o.
E, se ainda quiser apenas ouvi-lo e deixar-se embalar por ele, ouça-o.
E tudo isso de uma maneira equilibrada, sem destoar para um lado ou outro, trazendo bom gosto em cada faixa.
Starfucker é uma banda americana de Portland. Um trio que já tem dois álbuns lançados, sendo Reptilians o mais recente de 2011, mas só por esse ja vale a sua atenção.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Começando pelo final
FOL CHEN – “Part II – The New December”
À primeira vista imagina-se uma banda chinesa. Nada disso! O nome engana bem.
Os caras em questão vem dos EUA, de Los Angeles e por aqui acabam as informações, eu diria, já que os integrantes do Fol Chen decidiram manter-se no anonimato, não mostrando seus rostos, mesmo ao vivo ou em vídeos.
Bem, como isso não é um concurso de beleza, não estamos à procura de “mais um rostinho bonito”, correto?
Pois bem, mas o que toca Fol Chen. Acabei de conhece-los pelos segundo álbum,Part II – “The New December” e resumindo eles trazem elementos eletro-pop, uma aura dançante e bons momentos indie pop (li que o Part I… é um pouco diferente disso).
sábado, 14 de janeiro de 2012
Mantendo a essência e surpreendendo
M83 – “Hurry Up, We´re Dreaming”
Um álbum duplo não era o que eu esperava de uma banda como M83. Não questiono o seu talento, de forma alguma, mas pelo estilo da banda não é algo, digamos usual, além do que poderia ser “cansativo”.
Nada como ser contrariado. O novo álbum dessa banda francesa é duplamente fantástico. Mantendo sua essência eletro-pop com forte influência dos anos 80, M83 consegue surpreender, pois apresenta de um lado o que vi no álbum anterior (e único que conhecia até então), ou seja, uma vibe dançante que contagia. E, de outro, traz alguns elementos novos, brincando com cadências e melodias tornando esse álbum um daqueles que você precisa ouvir várias vezes para assimilar todo o seu conteúdo.
Um álbum duplo que exigirá mais do que duas audições para compreende-lo…. mas você terá o maior prazer em faze-lo.
sábado, 29 de outubro de 2011
Válvula de Escape
MATES OF STATE – “Mountaintops”
O trânsito é uma constante nessa cidade (São Paulo), assim se faz necessário um válvula de escape para fugir dele, nem que seja no plano mental apenas.
Nesse caso específico Mates of State foi além de simplesmente ser a fuga para o trânsito. Foi o portal para um mundo paralelo cuja atmosfera está infectada de gases que nos intoxicam com uma alegria inocente e singela, trazendo uma vontade de dançar, cantar, pular, sorrir, sem motivo aparente. Quer dizer, o motivo é a sequência de faixas maravilhosas do mais recente álbum da banda, Mountaintops, que traz toda a vibe Eletro 80´s numa roupagem indie numa perfeição além dessa galáxia.
Algumas faixas desse álbum bem se encaixariam como trilha sonora de um possível remake do filme “Garota Rosa Shocking”. E se você já viu esse filme vai encontrar aquela aura nesse trabalho do Mates of State e por tudo isso, Mountaintops é imperdível!
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Além dos comerciais de TV
ASELIN DEBISON - “Sweet is the Melody”
É bem provável que você não conheça essa garota pelo nome (pelo menos eu não a conhecia), mas certamente você a reconhecerá pelo comercial do Mercado Livre, cuja a trilha foi cantada por ela.
As referências musicais dessa Canedense de 21 anos foram além de uma trilha sonora para uma propaganda de TV. Enveredaram-se por caminhos folk-pop e nisso já se vão três álbuns lançados por ela.
Sweet is the Melody é o debut de Aselin Debison lançado em 2002, quando tinha 12 anos de idade. O álbum tem duas vertentes, eu diria. Quando ela se direciona para o pop mais “clássico” de cantoras adolescentes norte-americanas não chama tanto a atenção assim (até porque o estilo em si é bem “água com açucar”).
Por outro lado, ao se dedicar às influências folk aí sim esse álbum ganha seu valor. Canções como “Moonlight Shadow”, “Driftwood” e “Some Days” (que aliás até lembra a levada de Jack Johnson) são exemplos daquele sonzinho descontraído, descompromissado, bom de se ouvir como puro entretenimento.
Há que se destacar nesse álbum a excelente versão para o medley do cantor Havaiano Israel Kamakawiwo´ole.
Aselin Debison já tem na bagagem quatro álbuns lançados, sendo o último de 2010 chamado Homeward Bound. Não sei há quantas anda o som dessa garota, mas Sweet is the Melody merece ser ouvido, de novo, pelo seu lado mais folk.