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domingo, 14 de junho de 2015

Festival de Blues & Jazz - Parque Burle Marx

A lei de incentivo à Cultura tem as seus males e suas anomalias, como tudo o que é do Governo aqui no Brasil. 

Acordos de conchavos e patrocínios questionáveis a certos projetos, como DVD do então Ministro da Cultura Gilberto Gil, o qual ainda ganharia com a venda do referido DVD.

Por outro lado, a mesma lei proporciona à população momentos marcantes com diversão e cultura, como foi o caso do Festival BB Seguridade de Blues & Jazz que ocorreu nesse final de semana no parque Burle Marx em São Paulo.

Com um programação agradável e eclética, e com uma organização pra lá de respeitável (ao menos no sábado que foi o dia em que estive lá), o público pode curtir o excelente final de tarde no sábado ao som de: 
- Alex Reis Trio
- Nuno Mindelis
- Orleans Street Jazz Band
- Ana Carolina

A apresentação do Alex Reis Trio, na verdade, eu só acompanhei as três músicas finais, mas foi o suficiente para perceber o talento desses caras.

Nuno Mindelis foi um show a parte. Com um blues carregado de energia "rock ´n roll" e muito talento, não apenas dele mas da sua banda como um todo, trouxe uma sonoridade incrível para o fim de tarde/início da noite. Pena que o público que lá estava tinha como foco o show da Ana Carolina e não correspondeu à altura da magnífica apresentação de Nuno Mindelis.

Não se pode deixar de mencionar a bem humorada intervenção do Orleans Street Jazz Band que encantou e interagiu com o público no intervalo entre os shows.

O ponto "alto" para o público em geral, mas "desconexo" da essência do festival foi a apresentação da cantora Ana Carolina, que esbanjou simpatia, envolveu a grande maioria da platéia (afinal ela era a estrela do dia), mas no quesito Jazz ou Blues... não era bem o foco.

De qualquer maneira, esse foi mais um raro exemplo do uso correto da tal Lei de Incentivo à Cultura. Mais um bom exemplo de programação gratuita que agradou ao público, e mais um excelente exemplo do porque São Paulo é essa cidade fantástica.

E se você acessar esse blog e estiver em Brasília no próximo final de semana, aproveite e curta a edição desse festival que estará na Capital Federal.

Alex Reis Trio





Orleans Street Jazz Band





Nuno Mindelis







Ana Carolina







quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Dor Porteña

GOTAN PROJECT – “Lunatico”
Lun?tico
Não sou conhecedor do Tango, mas as referências que tenho da musicalidade desse estilo são a de expressão da “dor de amor”, a do sofrimento do coração partido, além da sensualidade que a dança bem transmite (e já me desculpo aos aficionados e conhecedores pela minha superficialidade sobre o gênero).

Pois bem, tendo como referência essa “essência” do Tango, apresento-lhes Gotan Project.

Gotan Project

Esse trio francês, formado por Christoph Müller, Eduardo Maskoff e Phillipe Cohen  Solal, traz nesse álbum, justamente, essa “dor Porteña” e as lamúrias e a tristeza do acordeón, tão marcante no Tango, porém expandindo as referências e as sensações, Gotan Project quebra a barreira do tradicionalismo e adiciona elementos tão diversos como Jazz, Lounge, Eletro, Dub, mas o faz de maneira tão “uniforme”  que transforma Lunático algo fantástico.

Essa simbiose sonora consegue te conduzir numa viagem incrível e contínua na qual você se deixa levar pelo aperto no peito, e pelo swing da batida, e pela sensualidade do sussurro dos vocais especiais de Cristina Villalonga, e pela mistura inusitada, porém perfeita que, de tão bem elaborada, te deixa inebriado e questionando de onde veio esse aperto no peito.

Conheça mais Gotan Project


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Uma nova forma de ouvir Rolling Stones

BOSSA N´ STONES

Rolling Stones traziam, desde os primórdios da banda, algo “lascivo” em suas canções, ainda mais se comparado aos “Garotos de Liverpool”. E assim sempre foi o rock and roll iniciando com Elvis “ The Pelvis” Presley.

Clássicos como Angie, Harlem Suffle ou Ruby Tuesday traziam a mescla perfeita da rebeldia sonora do rock, o instigante da transgressão juvenil, a sensualidade exacerbada da adolescencia que prosseguiu e seguiu a todos…e continua seguindo.

Agora, imaginem que fosse possivel extrair o lado “Rock and Roll” dessas faixas, elevando a enésima potência todos os demais atributos citados acima. Bem, meus caros, não é necessário imaginar. Isso é possível ouvir e se deixar levar através do álbum Bossa n´ Stones.

Esse álbum é uma compilação de clássicos dos Rolling Stones numa releitura elaborada por diversas bandas que passeiam por um caminho diferente das versões originais, mas não menos instigante.

Bossa n´ Stones passa pela Bossa sim, mas não aquela de referências moribundas e depressivas que tanto marcam esse estilo. É uma Bossa numa nova roupagem turbinada por Eletro Jazz, Chill Out, Drum n´ Bass excitando seus ouvidos.

E por falar em “roupagem”… a capa do álbum já diz muito bem a que veio.

Confira!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O encontro dos Gênios

WYNTON MARSALIS & ERIC CLAPTON – “Play the Blues”

O que acontece quando dois gênios se encontram?

Bem, a resposta óbvia é…depende!

Claro que depende!

Depende de quais gênios estamos falando. Depende o que esses gênios fazem. Depende da “sintonia” entre esses gênios…e assim vai.

Pois bem, no caso do gênio Wynton Marsalis e do gênio Eric Clapton…. a resposta também é óbvia… os dois juntos fazem um verdadeiro espetáculo!

E isso pode ser comprovado e apreciado através do álbum e DVD Play the Blues gravado ao vivo no Lincoln Center e que traz uma energia, uma vibe totalmente cativante do início ao fim.

Wynton Marsalis traz seu trompete vibrante, intenso, melódico e cheio de groove.

Eric Clapton traz a sua guitarra suave, discreta, perfeitamente bem colocada compondo o “pano de fundo” perfeito para uma sonoridade que servirá de companheira.

Vale ressaltar que, mesmos os gênios, não realizam suas maravilhas sozinhos. E assim também ocorre em  Play the Blues, onde Wynton Marsalis e Eric Clapton tem o apoio de uma banda que já mostra a que veio na primeira faixa, exalando um jazz em cada um dos instrumentos de maneira magistral…. a altura dos gênios… dos grandes gênios.

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cabaré Moderno

NADEAH – “Venus Gets Even”

O álbum começa e já nos primeiros segundos somos transportados para um cabaré, bem ao estilo Francês dos anos 1900…ou seria dos anos 2013?

A época não importa porque a sonoridade de Nadeah, embora seja feita em 2013, traz o vigor, a bagagem de uma diva clássica com toques de modernidade.

Através dos trompetes, violinos e piano ela contemporiza as duas épocas  e nos embriaga em suas canções.

Mais uma daquelas jovialidades cuja personalidade musical e a beleza encantam completamente.

Nadeah Official Site

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Meio ponto fora da curva

BONOBO – “Black Sands”

image

Uma dúvida pairou na minha cabeça sobre fazer ou não esse post.

A dúvida veio porque o som do Bonobo foge um pouco ao que costumo apresentar aqui no blog, mas quem sou eu para decidir o que os outros vão ouvir? Eu apenas apresento as sugestões. Esse é o primeiro ponto.

O segundo ponto é que um mudança começou a aparecer em meio a audição do álbum Black Sands, quarto álbum de Simon Green, o homem por trás do Bonobo.

DJ inglês, Bonobo inicia Black Sands com um toque de Trip Hop e muita influência da música eletrônica. Eu diria que o álbum começa se apresentando como um “Lounge Eletrônico”. Boa música, mas o “eletrônico” aqui me incomodou um pouco. Entretanto, no decorrer do álbum se percebe a adição de outras influências como jazz e soul (em especial nas faixas “El Toro” e “We Could Forever”), onde as batidas sintetizadas abrem espaço para um belíssimo trabalho de uma bateria bem elaborada e que confere uma dose de sofisticação e personalidade a esse álbum.

O álbum segue uma linha instrumental, com exceção de três momentos nos quais Andreya Triana se apresenta, e muito bem, nos vocais (“Eyesdown”, “The Keeper” e “Wonder When”).

O resumo disso tudo é o seguinte. O lado eletrônico do álbum não chega a desagradar, já que a levada trip hop segura bem a vibe dessas faixas, mas não tira Black Sands de um parâmetro conhecido, porém quando as demais influências entram em ação, aí sim, faz toda diferença ouvir Bonobo.

Bonobo Official Site

Bonobo no MySpace

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

É com M…

MUSETTA – “Mice to Meet You”

cover Você está adentrando uma sala. Na verdade um grande salão. Ou melhor dizendo, um cabaré onde as luzes baixas e abajures espalhados tão um toque intimista e sofisticado ao lugar.

As paredes de um roxo intenso são percebidas de relance entre os sutis fachos de luz.

Poltronas vermelhas estrategicamente localizadas em cantos, mais ou menos obscuros completam a decoração e instigam os sentidos. Num dos extremos, há cortinas também vermelhas, como se escondessem ou anunciassem algo. Mas não esperem dançarinas de Can Can.

Nesse ambiente o show é de cada um se entregando de corpo, alma aos desejos ali instigados. E completando essa ambientação não poderia haver melhor trilha sonora do que Musetta.

Musetta é um duo italiano formado em Milão em 2008 e Mice to Meet You é o seu debut. Nesse álbum você encontrará uma sonoridade trip-hop, downtempo com uma pegada de jazz bem interessante e todo um toque, digamos instigante, de cabaré, aquela libido no ar.

Um álbum fantástico, diferente das referências mais conhecidas do estilo, e indispensável no seu playlist…esteja você sozinho ou acompanhado.

Musetta no MySpace

Musetta no Facebook

terça-feira, 26 de julho de 2011

Never Ending Surprises…

REGINA SPEKTOR - “Begin to Hope”

image A primeira faixa já te prende, ainda que te leve a referências conhecidas ao estilo Dido. A segunda faixa também te prende, pelas mesmas referências, mas com algo a mais..um vocal incrível.

image E assim você vai se envolvendo com Begin to Hope, quarto álbum dessa russa, nascida ainda na época da ex-URSS, mas radicada nos EUA, Regina Spektor. Mas, de repente, não mais que de repente a sonoridade vai ganhando uma personalidade diferente. Melodias mais marcantes, mais intensas, mais profundas e, ao mesmo tempo doces, agradáveis.

De repente o lado pop se esvai e em seu lugar um piano ocupa seu lugar e a voz desta russa domina e nesse ponto você já está entregue ao encanto de Regina Spektor.

Ela conseguiu um equilíbrio pra lá de perfeito numa mescla entre o pop, folk, elementos de jazz e uma certa “liberdade experimental” sem perder a noção do agradável em nenhum momento do álbum, mesmo cantando certos trechos em russo (vide faixa “Apres Moi”).

Em algum momento você pode até se perguntar se ainda estará ouvindo o mesmo álbum da primeira faixa ao chegar ao final, mas certamente você se encantará com todas as nuances e terá a certeza de que você precisa ouvir esse álbum de novo.

Não perca mais tempo, ouça já Regina Spektor Official Site ou MySpace

terça-feira, 15 de março de 2011

Há tempos…

MEL AZUL

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Mel Azul é um tanto quanto complexo de descrever, porém nada complexo de escutar.

Trata-se de um projeto paralelo do baterista da banda Garotas Suecas que se envereda num mix de jazz e blues fortemente condimentado por uma vibe psicodélica, swing e muito groove.

Com baixos bem pronunciados e guitarras viajantes e até desconexas, as músicas são extensas, mas não pensem que são enfadonhas, elas são hipnóticamente agradáveis.

Há tempos não ouvia algo fora das minhas referências preferidas do indie-pop que me agradasse tanto.

Ficou curioso por ouvi-los? E, por vê-los? Se sim, aproveite que o Mel Azul tocará ao vivo no Clube Berlin, no dia 19/03.

Já vá esquentando os ouvidos pelo MySpace.

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Violentango no Jazz nos Fundos

Partindo do princípio que tudo vem do começo, vamos iniciar pela origem.

Jazz nos Fundos: é exatamente isso! Uma casa bacana, descolada, que toca Jazz, tanto na discotecagem quanto ao vivo (e aliás, só as maravilhas do estilo) e que fica nos fundos de um estacionamento em Pinheiros.

Lugar alternativo, de gente bonita, cerveja Eisenbahn (entre outras). Vale a pena! http://jazznosfundos.net/

Violentango: grupo de Buenos Aires que, no máximo da “violência”, faz uma música muito além do agradável. Está mais próximo do maravilhoso.

É um grupo que mescla elementos do tango e música folclórica Argentina numa levada jazzística-acústica.

Forte, intensa, “agressiva”, dançante e, de repente, se torna introspectiva, melódica, sentimental.

Simplesmente, excepcional!

A banda já lançou 3 álbuns e para conhecer um pouco mais sobre o Violentango, acesse Violentango Official Site.

Pois bem, a fusão do Jazz nos Fundos e do Violentango ocorreu ontem. Um show maravilhoso que deixou a todos encantados.

Estive lá, me encantando sonoramente e clicando.

Aqui vão algumas fotos e para ter uma idéia do Violentango ao vivo, vejam o vídeo abaixo.

O Jazz nos Fundos

01 02 03 04 05 06 07Violentango ao Vivo 

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Copyright 2010 © Ricardo Brandao.
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Flickr:http://www.flickr.com/photos/ricbrand/

Contato: ricardo.brandao@uol.com.br

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