segunda-feira, 20 de abril de 2009

Butterfly Knights

Chimera O Butterfly Knights é um “novo” conceito de festa que está na sua segunda edição em Londres.

A programação busca, como dizem os organizadores, alimentar: os olhos, os ouvidos, a mente e a alma. Assim, a programação traz um mix de: arte, moda, música, performances e dança, tudo no mesmo local.

Essa festa conta com o apoio do programa global da MTV “Staying Alive”, cujo foco é a divulgação de campanhas de conscientização e prevenção da Aids.

Na parte musical, a idéia é ser um local para novas bandas, por isso informações a respeito delas nem sempre estão disponíveis.

Para a próxima edição, cujo o tema é “Chimera” (alguém se lembra do filme “Missão Impossível”?), e abaixo, o The Sounds Of apresenta os destaques musiciais do Butterfly Knights. E para conhecer mais sobre esse evento, clique no Butterfly Knights.

FOLFOX - França

Não sei se eles pensaram nisso na hora de dar o nome para a banda, mas descobri que FOLFOX é o nome de um tratamento quimioterápico para um tipo de câncer. Mas, calma, a sonoridade dos caras é bem agradável.

Numa linha folk-intimista, suas canções (ao menos as 4 que ouvi) vão numa linha bem tranquila, se adaptando àquele momento no qual você quer ouvir algo que agregue ao momento.

Ouçam no FOLFOX ou conheçam mais no FOLFOX Official Site (em francês).

PROXY – Inglaterra

Proxy é uma banda “globalizada”, ao menos no que diz respeito à origem dos seus integrantes. O vocalista vem de Hong Kong, o guitarrista de Paris, o baixista e o baterista vieram da África do Sul.

Isso poderia ser um diferencial a ser explorado na sonoridade da banda, mas não o é. O som do Proxy não é nada mais que um indie-rock, com poucos momentos, eu diria, razoáveis, como em “Meloxicam Wonderland”, mas nada que se diga “quero conhecer mais”.

Eles lançaram o primeiro álbum no ano passado “Between the Screens”.

Ouçam no PROXY ou conheçam mais no PROXY Official Site

KINDLE

Não sei de onde vem essa banda. Na verdade, não sei se é uma banda ou apenas um cara. Pelo clipe que vi (trechos de um show), aparecem umas garotas no palco, mas não sei se são integrantes.

O som do Kindle é um eletro-rock, convencional. Batidas eletrônicas, guitarras distorcidas, tudo numa aura pop. Agita, empolga, claro, como ocorre com qualquer faixa desse estilo. Tem bons momentos, mais elaborados, como em “Kiss me Deadly” ou “Cast in Iron”, mas, de repente, cai para algo ruim como em “Killing Time”. E como tudo é só instrumental, tem hora que cansa.

Ouçam no KINDLE

Obviamente, eu não poderia deixar de apresentar o lado “fotográfico” desta festa. O Butterfly Knights terá 3 exposições fotográficas:

Joe Bangay:

tjoe fotógrafo inglês com mais de 50 anos de experiência dentro do mundo da música, fotografando estrelas como: Madonna, Mick Jagger, U2, Siouxsie e por aí vai.

Vejam o seu trabalho no Joe Bangay

Phil Miller:

projectornão consegui descobrir de onde ele é, mas o projeto “Montage” que será apresentado é bem legal.

Confiram no Montage Gallery

Jon-Paulo Mountford:

jpm001fotógrafo Londrino cujas imagens trazem um tratamento visual que nos remete a uma mescla de temporalidade e percepções.

Belíssimo trabalho!

Conheçam no Jon-Paul Mountford

sexta-feira, 10 de abril de 2009

CD News – Só pra constar

One Republic – Dreaming out Loud

OneRepublic-Dreaming Out Loud [Front] Essa banda vem de Colorado, EUA. Um quinteto que está na estrada desde 2002 e tem esse álbum lançado até o momento.

Mas, sinceramente, podíamos passar sem ele. Um pop-rock meio “Goo Goo Dolls”, chatinho, chatinho. Não consegui salvar uma faixa do álbum todo.

Ouçam no http://www.myspace.com/onerepublic

subways The Subways – Young for Eternity

Trio inglês. Influências pop-punk (Ramones, Nirvana, Sex Pistols). O produtor do primeiro álbum foi o cara que produziu Echo and The Bunnymen e The Corals, e aqui temos um conflito.

A banda tem uma levada meio punk de um lado e um produtor mais pop do outro – resultado, um álbum que oscila entre os dois mundos, mas sem nenhum appeal. É bom definir por onde vão andar.

Eles já lançaram dois álbuns – Young for Eternity e All or Nothing. Só ouvi o primeiro e já tá bom.

Ouçam no http://www.myspace.com/thesubways

The Last Shadow Puppets-The Age Of The Understatement [Front] The Last Shadow Puppet – The Age of the Understatement

Aqui, uma exceção do post, embora não seja assim uma “Brastemp”.

The Last Shadow Puppet é um projeto entre Alex Turner (frontman do Arctic Monkeys) e Miles Kane (frontman do Rascals – essa ainda não conheço).

Um som que bebe nos anos 60 e 70, numa sonoridade “datada”, mas não por isso de qualidade inferior. Pelo contrário, eles conseguem apresentar canções interessantes. Claro, que alguns clichês estão ali bem evidentes, mas quem não os tem, não é?

Na verdade, um projeto desse pode ser um indício da versatilidade, além Arctic Monkeys de Alex Turner.

Ouçam no http://www.myspace.com/thelastshadowpuppets

Neon Neon – Stainless Style

neonAqui vai outro projeto. Desta vez é entre o cara do Super Furry Animals e o produtor de hip-hop Boom Bip.

Neon Neon vai numa linha mais “dançante”, ao estilo 80´s (um tecladinho aqui, um efeitinho ali).

Tem hora que envereda para algo mais hip-hop, hora para qualquer coisa tipo Toto. Tem até um outro bom momento, mas no geral, no hace falta!

Ouçam no  http://www.myspace.com/neonx2

 

DVD News – Loreena McKennitt

loreena Uma amiga minha, Carol, me disse certa vez que achava incrível a maneira como eu descrevia os lugares. E, que tal descrição, junto com minhas fotos faziam com que ela se sentisse no lugar realmente.

Um elogio e tanto, principalmente, por eu não ser um escritor assim desse nível. E a prova está aqui. Não tenho palavras, expressões, formas para descrever a maravilha que é o dvd Nights from the Alhambra de Loreena McKennitt.

Vou tentar mesmo assim. E começo falando do lugar em si – o Palácio de Carlos V, em Alhambra – Espanha.

Não conheço a Espanha ainda, mas é o próximo destino na minha lista. E, se não o fosse, depois desse dvd, certamente seria.

Eles apresentam o palácio, destacando os detalhes e a influência da arquitetura árabe na Espanha, os quais deixam qualquer um pensando “UAU!!! isso realmente existe! Tenho que vê-lo pessoalmente”.

A forma como o espetáculo foi produzido – luz, decoração, efeitos não poderia apresentar melhor link entre o ambiente e a sonoridade de Loreena McKennitt.

O play list é perfeito, apresentando canções que passeiam por uma sonoridade quase etérea de um lado, e os tambores árabes de outro, sempre evocam sensações e sentimentos e uma aura únicos.

Sua voz, ao falar, é doce, suave. Ao cantar, encorpa-se e emana uma energia envolvente. E, seus músicos (aliás, de talento indiscutível) “inebriados”, vivem e  transmitem todo esse turbilhão de emoções.

Nights from the Alhambra não é um show. Não é uma apresentação. É uma obra de arte, mas não uma obra de arte musical, mas uma obra de arte da humanidade!

terça-feira, 31 de março de 2009

CD News – Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes

trapaçasEste fim de semana assisti, novamente, ao filme “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (no original, “Lock, Stock and Two Smoking Barrels).

Um filme, no mínimo surreal e muito bom, mas muito bom!

A trama tem uma cara de Tarantino (apesar de o diretor ser Guy Ritchie) e em resumo, é o seguinte: 4 caras tem uma semana para conseguir 500 mil libras para pagar uma dívida de jogo a um gangster da cidade.

Pode parecer simples, porém o rumo divertidíssimo que toma o filme, o coloca num outro patamar, que não é o da simplicidade, pura e simples! E o final é mais que inusitado.

Agora, não deixem de prestar atenção à trilha, afinal juntar nomes tão diversos como: The Stooges, James Brown, Ocean Colour Scene e Stone Roses e ainda ter uma unidade sonora e casar com o filme, não é para qualquer trilha.

1 Hundred Mile High City - Ocean Colour Scene
2 It's a Deal, It's a Steal - Tom , Nick , Ed
3 The Boss - James Brown
4 Truely, Madly, Deeply - Skanga
5 Hortif**kincuturist - Winston
6 Police and Thieves - Junior Murvin
7 18 With a Bullet - Lewis Taylor ... Performed by:Lewis Taylor, Carleen Anderson

8 Spooky Dusty - Springfield
9 The Game - John Murphy, David Hughes
10 Muppets - Harry , Barry , Gary
11 Man Machine - Robbie Williams
12 Walk This Land - EZ Rollers
13 Blaspheming - Barry Barry
14 I Wanna Be Your Dog - Stooges
15 It's Kosher - Tom , Nick
16 Liar Liar - Castaways
17 I've Been Shot - Plank, Dog
18 Why Did You Do It -Stretch
19 Guns 4 Show Knives 4 a Pro - Ed, Soap
20 Oh Girl - Evil Superstars
21 If the Milk Turns Sour - John Murphy, David Hughes ... Performed by:John Murphy, David Hughes, Rory ,

22 Zorba the Greek - John Murphy, David Hughes
23 I'll Kill Ya - John Murphy, David Hughes ... Performed by:John Murphy, David Hughes, Rory ,

24 The Payback - James Brown
25 Fools Gold - Stone Roses
26 It's Been Emotional - Big Chris
27 18 With a Bullet Pete Wingfield

sábado, 28 de março de 2009

CD News – Sonoridades Alternativas

Entre um link aqui e outro ali, me deparei com essa listinha de bandas do mundo alternativo americano.

Tem algumas coisas que eu, particularmente, digo “só podia ser americano”, em compensação…há outras bem interessantes.

Só um ponto. Por incrivel que pareça, nem sempre é fácil achar informações sobre as bandas, mesmo nesse “admirável novo mundo cibernético”.

Conheçam!

DUM DUM GIRLS

dum dumRuidos “Psychocandianos” do Jesus and Mary Chain estão mais que evidentes no som destas garotas de Los Angeles. Mas, sinceramente, fica nos ruídos. Na verdade, acho que está mais para Crystal Stilts do que The Jesus, até porque são contemporâneos, né!

Aquela melancolia que fazia um simbiose conflitiva e agradável no som dos escoceses, faltam nas Garotas. Ainda assim, salvam as faixas Catholicked e Baby don´t go.

Ouçam no http://www.myspace.com/dumdumgirls

ANIMAL HOSPITAL

animalAqui entramos numa praia experimentalista. Ou pelo menos é o que esses caras de Boston, Massachussets (como eles dizem lá), acham.

O som deles serviria muito bem para trilha incidental de algum remake de 2001 – Uma odisséia no espaço (vide Late Summertime) ou para a reunião de alguma “sociedade alternativa” (vide March and June”).

Acho meio enfadonho aquele “viagem sem fim” de barulhos repetidos dentro de alguma escala musicial, mas, felizmente, existe gosto pra tudo.

Ouçam no http://www.myspace.com/animalhospital

ETERNAL SUMMERS

eternal Pelo que descobri, Eternal Summers é um duo de Virginia, formado por Nicole (guitarra/vocal) e Daniel (bateria).

Antes que alguém se aventure numa comparação com White Stripes, não, não, a praia aqui é outra. Estamos falando de um pop básico sem aquele compromisso de soar “60´s-70´s Rock or something”, if you know what I mean.

Muito me agradou a simplicidade na composição da banda e nos doces vocais de Nicole (acho que porque me lembram algo que eu já ouvi, mas não me recordo).

Ouçam no http://www.myspace.com/eternalsummers

EXEBELLE & THE RUSTED CAVALCADE

texebelVejam o nome da banda e o logo e advinhem que estilo musical eles tocam. Se você pensou naquele country americano com direito a banjo e gaita, é isso aí.

E acho que nem preciso dizer mais nada!

Ouçam no http://www.myspace.com/exebelle

MATH THE BAND

math Aqui fiquei com uma dúvida. Na lista que tenho, o nome da banda é MATH THE BAND. Procurando no my space, o link aparece com esse nome, mas o nome da banda lá, aparece MATT THE BAND.

Agora, sinceramente, não faz muita diferença porque o som desses caras é tão chato, mas tão chato, que acho que você não vai sair atrás à procura de algum torrent pra baixar.

Ouçam no http://www.myspace.com/maththeband

REAL STATE

STATE Estava mesmo demorando achar um “clone” de Galaxie 500 (uma outra banda americana do final dos 80, começo dos 90). Eis aqui… REAL STATE.

Essa banda vem de Nova York e seu som tem muito, mas muito a levada, a cadência, até o timbre dos vocais do Galaxie 500.

Eu gosto da “original”, mas tenho que admitir que a “cópia” apresenta bons momentos.

Ouçam no http://www.myspace.com/letsrockthebeach

SCREAMING FEMALES

185893 CDF161 Ao ver o nome de determinadas bandas e, correlacionando com o local de onde são, eu já posso descrever o som delas, sem ouvi-las.

E Screaming Females está nesse grupo. Banda americana com esse nome só poderia apresentar um indie rock mais acelerado, um vocal esganiçado e aquela batida simples tipo “TUM-TÁ-TUM-TÁ”, entende?

Ouçam no http://www.myspace.com/screamingfemales

TALK NORMAL

talkDe normal, o som desta banda do Brooklin não tem nada. Aqui temos algo diferenciado, criativo, alternativo na essência, mas também experimental demais.

Certamente, não agradará aos ouvidos mais “sensivelmente pop”, mas os caras tem personalidade, embora alguns momentos viajantes deem lugar a delírios.

Ouçam no http://www.myspace.com/talknormaltalknormal

WEIRD OWL

owlEssa é mais uma banda do Brooklin. Aqui a pegada é outra. É rock com certa psicodelia.

Falta o talento necessário para um virtuosismo digno da época, mas a leveda das canções está ali para agradar quem gosta.

Ouçam no http://www.myspace.com/weirdowl

sexta-feira, 27 de março de 2009

CD News – Mais do mesmo

Os britânicos de maneira geral possuem um talento para adicionar, em suas canções, uma certa dose de cadência melódica. Algo com um viés “sentimental” típico das bandas de lá (até na microfonia do Jesus and Mary Chain é possível encontrar).

Aqui, apresento 3 lançamentos que mostram, em estilos diferentes, essa tal melodia.

MORRISSEY

coverMorrissey acaba de lançar seu 11o. album “Years of Refusal” e vem com algumas diferenças em relação a albuns anteriores clássicos como “Viva Hate” ou “Vauxhall and I” – o lado rock está mais evidente que o lado pop (vamos entender isso com parcimônia, afinal estamos falando de Morrissey).

Desde o excelente album “You are the quarry”, produzido por Jerry Finn, Morrissey vem adicionando mais guitarras estridentes em suas canções. No “Ringleader of the Tormentors”, o album seguinte, aparece esse toque novamente, de uma maneira um pouco mais sutil, já que produtor era outro (Tony Visconti).

Agora, em “Years of Refusal”, Morrissey volta com Jerry Finn e eleva a sonoridade, mas claro, sem deixar suas melancólicas melodias de lado e nem suas letras ácidas como em I´m throwing my arms around Paris onde canta “… only stone and steel accept my love” ou em One day goodbye will be farewell”, simplesmente Morrissey.

Ainda não está no site dele, mas já ouvi boatos de que ele estará por aqui. Eu, já estou esperando!.

Vejam o vídeo do primeiro single deste novo album (essa é uma das poucas canções pop do album, ok? :) http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=50202259

Lily Allen

tlily O mundo da música vive “ondas”. Estamos no auge da onda das “Brit Girly Singers” – vide Kate Nash, Duffy, Amy MacDonald, Amy Winehouse e, claro, Lily Allen.

Cada uma dentro de um estilo diferente, mas todas muito agradáveis, envolventes, seja pela voz doce, pela melodia, seja pela batida ou tudo isso junto.

Eu já havia gostado do primeiro album de Ms. Allen. O segundo “It´s not me, it´s you” apresenta a mesma levada do primeiro album, mas com um toque mais divertido, como se ela estivesse mais a vontade neste do que no primeiro.

As canções são envolventes e nos faz querer ouvir todas, uma atrás da outra. E, em particular, fico apaixonado pelo sotaque desta inglesinha.

Ouçam no http://www.myspace.com/lilymusic

The Noisettes

tnoisettesPara mim há uma dissonância cognitiva entre a imagem dos integrantes deste banda, o nome da banda e o som da banda.

À primeira vista, imaginei que você algo na linha de Morcheeba. Errado!

The Noisettes está mais para o “noise” mesmo. É um trio Londrino que passeia por uma sonoridade entre Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, ou seja, noise sim, mas com autenticidade (agora, que tem um ou outro momento do primeiro algum que lembra muito Pixies, ahhh isso tem!).

Eles estão lançando o segundo álbum “Wild young hearts” que mescla o noise com alguma batidinha “dance”. Uma mistura que vale a pena conferir.

Ouçam no http://www.myspace.com/noisettesuk

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ilustre Desconhecido – Pink Industry

Algumas bandas, mesmo que antigas, ainda são novidades para muitas pessoas. Outro dia, enquanto eu “passeava” pelos meus CDS, me dei conta de que algumas bandas até nem existem mais e ainda permanecem como “obscuridades” para muitos.

pink2Daí veio a idéia de iniciar uma série no The Sounds Of, apresentando essas bandas. É claro que algumas não agradarão, mas não custa tentar.

E não poderia iniciar esse post com outra banda. O Pink Industry foi meu “karma” por mais ou menos 10 anos. Resumidamente, foi assim.

pinkConheci o Pink Industry por volta de 1988 com as faixas Pain of Pride e What I Wouldn´t Give?. Fiquei alucinado com o som deles e iniciei minha saga atrás de algo da banda: vinil, cd, fita k7 (alguém aí ainda sabe o que é isso.. J?) e lá se foram 6 anos até eu encontrar um vinil “New Beginnings”, por um acaso mais que o acaso. Na época, o valor do álbum era equivalente a R$ 120. Nesse dia, dois amigos da faculdade estavam comigo: Edmilson “Japonês” e Virgilio “Pelicano”.

Um falava “você tá louco”. O outro dizia “compra, na hora que chegar e ouvir você vai ver que valeu a pena”. Sim, eu sei que é loucura total, mas, fiz e quando o ouvi, percebi que o Japonês estava certo, valeu a pena mesmo. Porém, as duas faixas que me apresentaram Pink Industry estavam em versões diferentes das que eu conhecia. E, lá fui eu na minha saga rumo ao álbum “Retrospective”, o qual apresentava tais versões. E, assim, em 1998, ou seja, 10 anos depois do contato imediato de primeiro grau, consegui tal álbum.

Depois desta longa história, vamos ao principal, quem foi Pink Industry?

Pink Industry foi uma banda inglesa, de Liverpool, que surgiu na década de 80. Era formada pelo duo Janey Casey (vocals) que havia passado pelas bandas Big in Japan e Pink Military e o baixista e tecladista Ambrose Reynolds, que teve passagem no Frank Goes to Hollywood.

Ambas bandas que originaram os integrantes do Pink Industry tinham uma veia mais “new wave/pop”, já o Pink Industry inveredou por um caminho mais “obscuro”. Dançante, mas intimista. Melódico, mas dissonante e tudo isso com um certo pé no etéreo (tanto que alguns sites os classificam como Dark Wave, Minimal Wave).

Eles lançaram 3 álbuns: Low Techonology, Who told you, you were naked e New Beginnings, mas aqui no Brasil duas compilações são mais “conhecidas”: Pink Industry - Retrospective (a tal que falei, quase impossível de achar) e New Naked Technology que foi lançada no Brasil pelo selo Cri Du Chat Disques, um selo de São Paulo.

Conheçam no http://www.myspace.com/yourmomma75

Just a Fest - Kraftwerk e Radiohead

Ontem fui ao Just a Fest, um festival que contou com Los Hermanos, Kraftwerk e Radiohead, e mais uma vez fiquei surpreso com a pontualidade das bandas, britanicamente no horário.

É claro que nem tudo é 100% na organização, tanto que a saída do show foi um desastre. Um longo e estreito corredor, num estilo, “bovinos a caminho do matadouro” foi o responsável por uma lenta saída. Ao menos, as pessoas mantiveram-se calmas sem empurra-empurra e afins.

A noite para mim começou com o show do Kraftwerk, banda alemã, precursora da música eletrônica. Já é a terceira vez que eles vem ao Brasil (a primeira em 1998, a outra em 2004 e agora) e mesmo sabendo exatamente o que iria ver, a surpresa é marcante.

Somente ouvi-los não é a mesma coisa. Até porque, para os padrões atuais, o som dos caras é algo muito sem surpresas ou virtuosismo, mas vê-los, ao vivo, naquela simbiose entre músicas clássicas como Tour de France ou We are the Robots ou Boing Boom Tschak e toda a interação com os vídeos, é fascinante. Até porque eles buscam um visual “retro”, contrastando com o estilo no palco, com o estilo das batidas, mas ao mesmo tempo, remetendo aos primórdios da banda.

Veja um pouco do que estou dizendo no http://www.kraftwerk.com/flash/load_com.htm e imagine a revolução que não foi tudo isso nos anos 70/80.
O set list do Kraftwerk foi:
Man-Machine
Planet of Visions
Numbers
Computerworld
L´Etape 2 alt Tour de France
Autobahn
The Model
Les Mannequins
Radioactivity
Trans-Europe Express
The Robots
Aerodynamik
Musique non Stop

Depois desta “revival-up-to-dated” do Kraftwerk, vieram os caras do Radiohead.
Essa era uma das bandas que eu ansiava ver ao vivo. A curiosidade era grande, mas todo cuidado era pouco, afinal nem sempre quando uma banda vai bem em estúdio, ocorre o mesmo ao vivo. E, excesso de expectativa pode causar gigantesca frustração.

Quero deixar claro que esta palavra não existiu, definitivamente!!!!

Para quem ouviu o primeiro álbum da banda “Pablo Honey”, com um único sucesso Creep, não poderia imaginar a (re) evolução do som destes caras.

A cada novo álbum, um novo momento, uma nova descoberta, um novo caminho, todos conduzidos à quintessência da música.

Não sei como descrever o som do Radiohead. É uma mescla da energia sonora típica do rock, com certas viagens melódicas progessivas, somadas a uma cadência de agressividades sutis e sentimentais, tudo isso com talento, aliás muito talento.

Talento e simplicidade foi combinação perfeita para que o palco, decorado com alguns canos de luz e telões, com uma forma inovadora (porém, simples) de mostrar a banda, brincando com tonalidades monocromáticas, fosse mais uma prova inquestionável de que estávamos diante da melhor banda da atualidade e de um dos ícones do mundo da música.

Isso é Radiohead!
Confira o setlist de SP:
15 Step
There There
The National Anthem
All I Need
Pyramid Song
Karma Police
Nude
Weird Fishes/Arpeggi
The Gloaming
Talk Show Host
Optimistic
Faust Arp
Jigsaw Falling Into Place
Idioteque
Climbing Up The Walls
Exit Music (For A Film)
Bodysnatchers

Bis 1
Videotape
Paranoid Android
Fake Plastic Trees
Lucky
Reckoner

Bis 2
House of Cards
You and Whose Army
Everything In Its Right Place

Bis 3
Creep

sábado, 28 de fevereiro de 2009

CD News - Miscelânea

Atendendo a pedidos (os seus mesmos Carol), aqui vai mais um post.

The Everybodyfields

Olhando a foto dos integrantes desta banda americana, já fica evidente o som deles, o que, num primeiro momento, poderia afastar os menos avisados.

Eles passeiam pelos caminhos do country-folk, sem surpresas, porém é agradável, principalmente quando Jill, a voz feminina do grupo canta e nos remete aos timbres de Tracy Chapman.

Eu ouvi o álbum “Nothing is Okay”, o mais recente, de 2007. Eles já tem outros dois lançados.

Se quiser conferir, acesse:
http://www.theeverybodyfields.com/site.php


Pigeon Detectives e The Cribs

Coloquei essas duas bandas juntas dada as semelhanças.

Ambas são inglesas: a primeira de Leeds e a segunda de Yorkshire.

É claro que as semelhanças não estão apenas na pátria. Ambas vão pelos caminhos do garage rock/indie pop que consagrou Weezer, Kaiser Chiefs e Arctic Monkeys, mas ao contrário dos seus contemporâneos, tanto Pigeon Detectives quanto The Cribs carecem da manutenção de energia em suas faixas. Começa bem, mas aos poucos, cansa, embora tenham momentos bem legais (ouçam “I found out” ou “Caught in a Trap” do Pigeon ou “Our Bovine Public” or “Men´s Needs” do Cribs).

The Cribs já tem 3 álbums lançados: “The Cribs”, “The New Fellas” e “Men´s Needs, Women´s Needs, Whatever”. Já o Pigeon Detectives, tem 2: “Wait for me” e “Emergency”.

Ouçam no:
Pigeon Detectives:
http://www.myspace.com/thepigeondetectives
The Cribs: http://www.thecribs.com/




Girl Talk

Aqui vai outra surpresa. Olhando para Greg Gillis, o cara por trás do Girl Talk, que aliás trabalha como Engenheiro de Pesquisas Biomédicas...é isso mesmo, você não consegue fazer a associação com o som que ele apresenta.

Aliás, falando em associação, esse cara entende bem o que significa associar sons, os mais diversos numa mesma faixa.

Girl Talk traz sons sampleados numa base rap e com combinações tão inusitadas quanto: Pixies, Madonna, The Verve e Elástica. É, eu sei, parece estranho, e sei também que fizeram isso antes, mas esse cara é bom.

Só ouvi o álbum “Night Ripper”, mas já há um mais recente, “Feed the Animals”.

Confiram a “salada musical” do Girl Talk no
http://www.myspace.com/girltalk

sábado, 24 de janeiro de 2009

CD News - Direto da Escandinávia

Google pra lá, blog pra cá, e eis que me deparei com uma lista de 10 bandas - 5 da Dinamarca e 5 da Noruega.

É claro que me chamou a atenção imediatamente, afinal, quando se ouve falar de uma banda se quer desses países? Quanto mais 5?
Conheçam quem são elas.




EFTERKLANG
Vem diretamente da Capital, Copenhagen. Foi formada em 2001 e já lançou 2 álbuns, sendo "Parades", o mais recente de 2007.

O som desses caras poderia ser descrito como um indie-pop com um forte viés experimentalista. Uma sonoridade meio dissonante em alguns momentos, e isso, não agrada tanta gente.

1 2 3 4
O nome já diz tudo. Mais diretamente pop, impossível!

E, faço questão de reforçar, o que não quer dizer sem qualidade.

Praticamente, consegui ZERO de informações sobre 1 2 3 4.

Sei que também são de Copenhagen e tem um álbum lançado "In your faith", de 2008.

Fora isso, apenas convido vocês a conhecerem o som desses caras que lembra, em algumas faixas, aquela levada tipo Lloyd Cole and the Commotions e afins.

Ouçam no http://www.myspace.com/1234rocks

DIEFENBACH
Aqui também vou ficar devendo maiores detalhes sobre esse quarteto dinamarquês.

O som deles tem uma influência mista entre os anos 80, numa cadência intimista ao estilo Echo and The Bunnymen, Psychedelic Furs, com uma certa dose de início dos anos 90, lembrando Catherine Wheel ou Ride.

"Dark Spinner" é o mais recente album da banda, mas já é o quarto na carreira.

Vale a pena conhecer!

Ouçam no http://www.myspace.com/diefenbachmusic

CALLMEKAT

Garimpando, realmente, garimpando informações para conseguir escrever algo sobre CallmeKat.

O que consegui foi muito pouco. CAllmeKat é um projeto solo de Kat, essa bela dinamarquesa que, como ela mesma diz no Myspace, se divirte com seus laptop e teclados.

Uma voz doce, num equilibrio perfeito entre o sussurro e o gemido e uma sonoridade com um leve toque de música de cabaré...e como é bom.

Ela lançou seu primeiro álbum "Fall Down" no ano passado e, mais uma vez, digo que vale a pena conhecer.

Ouçam no www.myspace.com/thisiscallmekat

ALPHABEAT

Alguns nomes já são autoexplicativos. É o caso de Alphabeat...isso mesmo pop dançante, ao melhor estilo dos anos 80, como Prefab Sprout, Cindy Lauper na época dos Goonies e por ai vai.

Diferente das outras bandas citadas aqui, essa não é de Copenhagen (são de Silkeborg...onde?...rs). E já tem um álbum lançado.

Conheçam mais sobre eles no www.thisisalphabeat.com


JENNIE ABRAHAMSON
No site dela diz que "a irmã mais velha a bombardeou com Kate Nash e Eurythmics quando criança". E dá pra ver bem como ficou registrado esse bombardeio nas influências musicais e, melhor, sem traumas.

Em seu álbum de estréia "Lights" essas influências estão muito bem trabalhadas, com os pesos certos para cada uma.

O resultado, uma sequência de canções para ouvir do começo ao fim.


ROBYN

Essa bela sueca já está na estrada desde 1995. Já lançou 4 álbuns, sendo "Robyn" o mais recente, lançado em 2007.

Muita famosa em sua terra natal, Robyn já ganhou até Grammy, mas por aqui, eu nunca tinha ouvido falar dela até então.

Não ouvi os outros álbuns, mas nesse último, o seu estilo transita num eletro-pop dançante que a mim, não agrada, embora tenha um ou outro momento razoável.

Ouçam no http://www.robyn.com/


Robert Svensson
Vou começar resumindo....o cara tem um album lançado "Young punks are on the never-never" e só vi dois vídeos, aliás... nem sempre a gente acerta.

Ouçam no http://www.hellosurprise.com/robert-svensson.html


Ida Maria
Ida Maria Børli Siversten. Esse é o nome completo dessa norueguesa que mora atualmente na Suécia.

Tem 25 anos e um álbum lançado "Fortress Round My Heart" que atingiu o posto 39 na parada britânica no ano passado, de acordo com o Wikipedia.

O seu som é algo assim bem definido e nada tão original, mas ainda assim agradável, com um viés entre indie-pop-pós-punk tipo Weezer ou Arctic Monkeys e uma certa dose de folk, mas bem sútil.

O que destaca é a sua voz, meio rouca que dá um toque, digamos peculiar.



Hello Saferide
O mundo pop tem destas coisas. Vai desde coisas insuportáveis até uma sonoridade cuja cadência e melodia são viciantes. Este é o caso de Hello Saferide.

A voz de Annika Norlin é forte, tem personalidade. E sua banda tem momento pop, bem pop tipo "eu ja ouvi isso antes", mas ainda assim tem seu toque especial e fale a pena conferir.

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