segunda-feira, 20 de junho de 2011

Continua a todo vapor

THE DRUMS - “The Drums”

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A banda vem dos EUA, mais precisamente de Nova York. Por outro lado, o som vem da Europa, mais precisamente da Inglaterra dos anos 80.

Jonathan Pierce (vocals), Jacob Graham (guitarra e teclados), Adam Kessler (baixo e guitarra) e Connor Hanwick (bateria e guitarra) foram buscar suas inspirações no pop inglês de bandas como OMD e A Flock of Seagulls e colocaram toda a sua essência e sentimentos nesse debut.

Faixas como “Best Friend”, “Me and the Moon” e “Skippin´Town” são a força motriz em qualquer pista que se dedique aos anos 80. E como se não fosse o bastante, o quarteto novaiorquino ainda conseguiu incluir uma pitada da melancolia daquela década e a colocaram em “Down by the Water”.

Resumindo…um álbum que merece a sua atenção.

Ouçam no MySpace

Conheçam no The Drums Official Site

Ikebanas Sonoras

O SESC está com uma programação especial nos meses de junho e julho com a ótica “O Japão em imagens e sons”.

Dentro desse projeto o grupo Mawaca se apresentou ontem no teatro Paulo Autran, no SESC Pinheiros, com o espetáculo Ikebanas Sonoras.

Fui motivado a assistir essa apresentação pela sinopse que li no site do SESC e saí do teatro ontem encantado com o que vi e ouvi.

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Ikebanas Sonoras é um espetáculo multimídia onde as sete integrantes do Mawaca passeiam por canções do folclore japonês num misto da aura mística oriental com um leve tempero ocidental (no caso da faixa “Sakura Sakura” o tempero ganhou um toque mais acentuado da Terra Brasilis e ficou fantástico).

Nesse contexto musical nos deparamos com a miscelânea bem orquestrada de instrumentos japoneses como o koto, shamisen e taiko de um lado e o acordeon, a flauta transversal o cello de outro, isso sem falar dos elementos de percussão e do incrível jogo de vozes que as sete moças do grupo nos presenteiam de maneira sublime.

O espetáculo, entretanto, ultrapassa os limites sonoros e entra no ambiente visual. A começar pelo figurino das integrantes e músicos convidados, passando pela imageapresentação de leques com a dupla Daniella e Deborah Shimada (quem também tocam os taikos) e chegando a um conjunto de projeções no telão de imagens encantadoras, com aquele traço inconfundível das ilustrações orientais feitas por Erica Mizutani e que consagram o Ikebanas Sonoras como espetacular com todos os adjetivos e significados que essa palavra pode carregar.

Ontem a apresentação foi registrada para o lançamento posterior de um DVD e, já adianto, assistam! Pois o “arrependimento” de ter visto esse espetáculo ao vivo dará lugar a um encantamento sublime.

sábado, 18 de junho de 2011

Uma fórmula musical

LINDA GUILALA – “Bucles Infinitos”

image Pensem na seguinte fórmula:   

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Se fosse possível sintetizar a sonoridade desse duo espanhol seria algo mais ou menos assim.

O que isso significa? Bem, vamos lá. Peguem as batidas dançantes do shoegazer do Ride com os vocais “etéreos” do Lush e sublimem  isso com as guitarras distorcidamente pop do Teenage Fanclub, tudo na sonoridade latina do idioma espanhol.

O resultado é um álbum extremamente agradável do começo ao fim, numa aura indie fantástica e os responsáveis por isso tudo são Iván e Eva.

Devo admitir que tenho minhas resistências quanto ao mundo indie-pop latino, em especial quando cantado em espanhol, mas Linda Guilala veio mostrar que sempre, mas sempre mesmo, toda regra tem sua exceção. E nesse caso, que exceção!

Conheçam Linda Guilala no MySpace.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

I´ve come to wish you a Happy Birthday

THE SMITHS - “The Queen Is Dead”

image Exatamente na data de hoje comemoram-se os 25 anos de um álbum fantástico, incrível, grandioso, espetacular. Estou falando do álbum The Queen Is Dead da banda inglesa The Smiths.

The Smiths teve uma vida curta, se formos analisar friamente, mas a sua importância no mundo do pop rock é indescritível e The Queen Is Dead  é a marca primordial dessa importância, a obra prima de tudo o que essa banda já nos presenteou.

Todos aqueles que conhecem The Smiths tem como referência canções desse álbum. Ao ouvir falar dessa banda é impossível não vir à mente a própria faixa “The Queen Is Dead” que dá nome ao álbum, “Bigmouth Strikes Again”, “There Is A Light That Never Goes Out” e a mais célebre de todas “The Boy With The Thorn In His Side”.

Se essas três faixas marcaram “sonoramente” a existência dessa banda, esse álbum foi responsável por marcar “visualmente” a imagem dessa banda, já que na contra capa deste encontra-se a clássica foto de Morrissey, Johnny Marr, Mike Joyce e Andy Rourke em frente ao Salford Lads Club, em Manchester.image

Eu tive o privilégio de visitar esse local em 2007. Visitar a sala “The Smiths” dedicada à banda com diversos pertences autografados, onde está exposta a camisa com a qual Morrissey gravou o clipe para “The Boy With The Thorn In His Side” entre outras preciosidades.

Esse álbum marcou a vida dessa banda. Essa foto marcou a vida desse clube. Essa banda marcou a vida de muita gente.

Vamos comemorar com todo playlist de The Queen Is Dead.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Se o Punk fosse Country

O´DEATH - “Home Made”

image No desenho animado “Deu a Louca na Chapeuzinho”, há um bode que canta sem parar. Na verdade ele só fala cantando, acompanhado do seu banjo no velho estilo country/folk. Vale dizer que é hilário! (veja aqui).

Pois muito bem… antecipado esse fato, o que esperar do O´Death? De um lado, você já pode ter em mente exatamente isso, uma sonoridade country-folk, com forte presença do banjo e violinos e, em muitas faixas, momentos bem divertidos. Aliás, vale dizer também que à primeira audição, esse debut lançado em 2007, depois de três anos de formação da banda em Nova York, causa estranheza, mas causa também curiosidade.

Fica-se com a percepção de que há algo ali guardado em suas faixas que vale a pena “pagar pra ver”. E vale!!!

E o algo a mais é uma levada meio agressiva, seca, típica do punk somada a uma certa melancolia do pós-punk, sob a “regência do Country”. Isso é, ao invés de guitarras distorcidas e rasgadas, temos o violino fazendo sua parte. E, no lugar de uma bateria rápida e agressiva, temos uma também rápida percussão típica do estilo country. E ao invés de vocais esganiçados, temos aquele sotaque “texano”. É, no mínimo inusitado.

Não!!! Não pare de ler esse post achando que este é mais uma daquelas bandinhas que surgem só para chamar a atenção com algo sem nexo. Não é não, ou melhor, esse primeiro álbum do O´Death não deixa isso transparecer.

A banda apresenta consistência, inovando na mescla sonora. Vale conferir, mas vá em doses homeopáticas.

O´Death no MySpace

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os suecos atacam de novo

NIKI & THE DOVE - “The Fox”

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A Escandinávia me pegou pelos ouvidos com bandas Pop. Bandas cujo estilo me faz ouvir à exaustão cada faixa, de cada álbum, de cada banda.

Foi assim com The Electric Pop Group ou Those Dancing Days somente para citar o que tenho ouvido ultimamente de novo.

Desta vez, a Escandinávia me pegou novamente, agora mostrando suas variedades sonoras (que continuam com aquela qualidade).

imageO “carrasco” sonoro desta vez é a banda de Estocolmo, Niki & The Dove que traz um sinth-ethereal-pop com personalidade. São músicas que prendem, não necessariamente, pela sua cadência pop, mas pela sua complexidade já que transita numa linha tênue entre o dream pop e o eletrônico sem enveredar fortemente para nenhum dos dois lados, mas também sem desagradar a nenhum dos dois públicos.

E vale dizer que muito desse encantamento vem da bela voz, da belíssima Malin Dahlström.

O que descobri até o momento é que eles lançaram dois singles, sendo The Fox, o mais recente e cuja faixa título está disponível para download grátis no site da banda.

E aqui fica a pergunta… qual será o segredo da Escandinávia?

Niki & The Dove Official Site

Niki & The Dove no MySpace

domingo, 22 de maio de 2011

Erudição Pop

AUSTRA - “Feel it Break”

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Aos 10 anos de idade aquela garotinha entra no Canadian Children´s Opera com toda a intenção do mundo de seguir carreira na música clássica. Tudo parecia ir muito bem, até que de repente ela tem contato com outras vertentes musicais como o pop e a música eletrônica e se envereda numa mistura que vai agradar e muito a todos vocês.

A garotinha em questão é Katie Stelmanis, a frontgirl da Austra, banda Canadense de Toronto que, em conjunto com Maya Postepski (bateria) e Damian Wolf (baixo) absorve os elementos do tecno-pop dos anos 80, os mescla na aura mais atual do synth-pop /indie-pop dançante e arremata a receita com uma voz que impressiona pela energia e a autenticidade.

Pode-se imaginar o efeito de uma voz treinada no mundo da música erudita numa cadência musical que beira “sons de caixinha de jóias” em alguns momentos.

É, sem dúvida, algo digno de se conhecer. E comece conhecendo pelo início (desculpem o trocadilho), pois Austra acaba de lançar seu debut de onde foi tirado o primeiro single “Lose it”.

Austra Official Site

sexta-feira, 20 de maio de 2011

De graça é sempre interessante…

LIVING THINGS

E viva a internet livre!!!

Estou eu navegando pelas páginas do semanário inglês NME quando me deparo com o seguinte link “10 Best Free MP3 Downloads This Week”.

“Free” saltou aos olhos, claro, mas aí vieram algumas gratas surpresas da vida. E uma delas chama-se Living Things, banda americana de St. Louis, mas estabelecida em Los Angeles cujos irmãos Berlin são os integrantes (Lillian Berlin, Eve Berlin & Bosh Berlin).

Eles já tem três álbuns lançados e estão trabalhando num louco projeto de lançar um terceiro álbum em outubro, porém um álbum triplo com 27 faixas (alguém aí já imaginou isso?).

Essas viagens musicais quantitativas eram o chamariz para as décadas anteriores ao surgimento do CD. Lançar um álbum duplo, por exemplo, era um marco na carreira das bandas.

E não foi só a inspiração para álbuns deste porte que os caras do Living Things foram buscar naqueles tempos aureos do vinil. Suas influências passam por um revival do rock dos anos 70-80 numa releitura, mais atual, ou se preferirem, mais indie.

A primeira faixa chama a atenção. Aos poucos vai ficando duvidoso se o som deles é bom ou não, mas de repente vem “Terror Vision” que se destaca de todas as demais faixas por um intensa dose de energia e aí prende a atenção de vez e você faz o download…FREE!!!

Tente resistir à tentação…clique no link acima e tire suas próprias conclusões.

Living Things Official Site

Memórias Eletro Pop

MEMORY TAPES - “Seek Magic”

imageÉ, meus Caros, o mundo musical não está mais globalizado. Creio que ele entra, ou melhor, já entrou numa nova fase que, por falta de uma palavra melhor, eu o denominaria de “intertwined”, algo como “tudo junto ao mesmo tempo agora não importa onde”.

Digo isso porque ao ouvir duas faixas deste álbum do Memory Tapes, automaticamente, me veio à mente aquele grupo de bandas francesas de eletro-indie-pop como Air, por exemplo. Isto é, canções numa cadência eletrônica, levemente dançante, porém com a suavidade indie que lhes são peculiar.

E, de onde vem o “intertwined”? Vem do fato da presença de outras nuances sonoras nas influências desta banda como um dream pop ao estilo de School of Seven Bells, conferindo uma aura intimista e especial a este álbum.

A maneira como explora o conjunto de vozes, vide faixa “Bycicle”, é a trilha sonora de uma viagem onírica das melhores.

Essa “banda de um homem só” que atende pelo nome de Davye Hawk virou um hitman quando seu single “Bycicle” chegou a 1 milhão de hits na internet em apenas 24 horas em 2009.

Já está chegando o seu segundo álbum, mas por enquanto, tenho muito magia para descobrir em Seek Magic ainda.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ainda não descobri

THE STROKES - “Angles”

image Quando os Strokes surgiram foi um rebuliço. Todos comentavam sobre esses caras de Nova York (e ainda tinha um integrante brasileiro).

Ouvi o primeiro álbum e fiquei na espera do segundo para tentar descobrir a que veio os Strokes. Ouvi o segundo álbum e, sinceramente, parei por aí.

Agora, por conta do Planeta Terra Festival e dos comentário da vinda deles para cá e, claro, por conta também do lançamento de mais um álbum, resolvi ouvir Angles.

E não é que desta vez eu continuei me fazendo a mesma pergunta: qual é a destes caras?

Angles até começa bem com “Machu Picchu”, mas de repente entra numa vala e só volta a soar interessante de novo em “Taken for a Fool”.

O álbum é muito irregular, algo como se a banda fosse fazendo colagem de faixas esquecidas numa gaveta. Sem coesão sonora o álbum vai minguando.

Como ocorre na maioria das vezes, é possível que ao vivo esse álbum renda melhor (ao menos é o que eu espero), mas o álbum por si só continua sem deixar uma marca The Strokes.

The Strokes Official Site

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