quarta-feira, 31 de julho de 2013

DNA do bem

AMY MACDONALD – “Life in a Beautiful Light”

Há algumas bandas e cantores que já sabemos o que esperar em um novo álbum, e esse é o caso de Amy Macdonald, mas, ainda assim, nesse caso ela conseguiu surpreender.

O esperado… a melodia, a cadência, o “espírito folk”.

A surpresa… aquela melodia conhecida está lá também, mas não na sua totalidade (como no primeiro álbum) cujo violão marcava mais presença.

Ele está lá, como uma marca indelével, como uma digital que não deixa confundir a fonte, a origem, entretanto cedeu lkugar a canções mais vigorosas com os demais instrumentos ganhando mais evidência, mas sem perder a essência.

É a prova da evolução do artista.

É fantástico ver o artista se remodelar sem  apelar para “modinhas virtuosas e efêmeras”.

Life in a beautiful light mostra que quando o DNA é do bem a essência permanece inabalável.

Amy Macdonald Official Site

domingo, 28 de julho de 2013

Hipnose sombria e vigorosa

TRUE WIDOW – “Circumambulation”

A primeira faixa se inicia com um baixo proeminente e guitarra distorcida, onde os graves são a referência. Seguido de uma bateria simples, porém vigorosa, marcada e intensa.

Os instrumentos praticamente cobrem a música de tal forma que os vocais ficam como total coadjuvante.

E, sem grandes alterações no formato, na cadência e na melodia, True Widow segue por todas as faixas de Circumambulation, terceiro álbum dessa banda do Texas (sim, meu caros, do Texas!), e vai criando um ambiente hipnótico e sombrio (aliás, algumas faixas intrigam também pelo nome como: S:H: S, I:M:O; HW:R).

Muitos vão achar The Widow monótono. Mas, alguns vão considera-lo intenso… eu to nesse grupo.

True Widow Official Blog

sábado, 6 de julho de 2013

Ingrata decepção

SELAH SUE – “Selah Sue”

Tinha tudo para ser uma grata surpresa, mas foi exatamente o contrário.

Numa tentativa de suprir a ausência de Amy Winehouse, só que loira, Selah Sue, se difere daquela não apenas pela cor dos cabelos.

Ela busca uma atitude construída que não vem naturalmente, tornando-se “fake”.

Suas músicas oscilam entre um pseudo-blues e um hip-pop-hop que carece de “sustância” e esbanja “adolescência” sonora que pode servir para Malhação, e olhe lá.

Selah Sue Official Site

terça-feira, 25 de junho de 2013

Crise de identidade

JAVELIN – “Hi Beams”

Temos aqui um clássico caso de “crise de identidade musical”.

A base do som desse duo de Nova York é um synth-indie-pop que oscila entre elementos 80´s e 90´s – e aqui ja começa a crise. Não que haja problema em ter diversas fontes de referências, mas há que se saber usa-las…isso é fato.

A banda também não se encontra na definição de qual caminho seguir, ou seja, se vão pela via instrumental (o que falta “habilidade” para tal) ou se seguem com os vocais (os quais também não agradam).

Resumindo…falta essência para Javelin.

Javelin no MySpace

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cabaré Moderno

NADEAH – “Venus Gets Even”

O álbum começa e já nos primeiros segundos somos transportados para um cabaré, bem ao estilo Francês dos anos 1900…ou seria dos anos 2013?

A época não importa porque a sonoridade de Nadeah, embora seja feita em 2013, traz o vigor, a bagagem de uma diva clássica com toques de modernidade.

Através dos trompetes, violinos e piano ela contemporiza as duas épocas  e nos embriaga em suas canções.

Mais uma daquelas jovialidades cuja personalidade musical e a beleza encantam completamente.

Nadeah Official Site

domingo, 16 de junho de 2013

Realmente diferente

THE SECRET HISTORY – “Americans Singing in the Dark”

Americans Singing In The Dark cover art

Surpreendente!!!

Isso mesmo, com três exclamações. É a palavra que descreve esse álbum da banda norte americana The Secret History.

Banda de Nova York que está na estrada desde 2007 e que apresenta um proposta diferente nesse álbum. Digo, diferente para os padrões da musicalidade dos EUA, um indie-rock alternativo com nuances que passam por momentos “dark” como o próprio nome do álbum nos diz, ou por momentos mais “guitar” que bebem em fontes 80´s alternativas como Blondie.

Dificil descrever toda a intensidade que The Secret History nos apresenta nesse álbum. Tem que conferir!

The Secret History no BandCamp

sábado, 15 de junho de 2013

Aquela companhia

HINDI ZAHRA – “Handmade”

Pense no seguinte cenário: fim de tarde, sol se põe à sua frente. Você o acompanha desaparecer lentamente no horizonte, deitado numa rede na varanda da sua casa.

Para acompanhar esse momento você tem a agradável companhia de Hindi Zahra no seu MP3, com suas canções que poderiam ser traduzidas como uma mescla de Yaim Nael e Jem, porém numa escala acima na suavidade.

Tendo o violão como condutor principal da melodia, uma percurssão muito bem encaixada apenas para compor o ritmo, sem a intenção de capturar a atenção e uma guitarra cujo papel é apenas enfatizar o tom melódico e a cadência , Hindi Zahra esbanja lirismo, sentimento e suavidade com sua voz límpida, forte e com personalidade.

Uma companhia para estar contigo noite a dentro após o sol se por completamente.

Hindi Zahra Official Site

Hindi Zahra no MySpace

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Inquietação

FUTURE BIBLE HEROES – “Partygoing”

Sejamos sinceros, uma banda com esse nome tem de ser, no mínimo, intrigante.E, creio que essa seja a palavra que define Future Bible Heroes.

Com uma sonoridade indie-eletro e vocais oscilando entre o bucolismo soturno e um synth-pop, o Future Bible Heroes passeia por nuances bem 80´s com batidas eletro-pop e teclados melódicos e com efeitos “juvenis” que conferem todo um charme retrô-alternativo às canções dessa banda que está na ativa desde 1990, porém tem apenas três albuns lançados, e Partygoing é o mais recente deles.

Um som que não te leva a dançar, mas te deixa certamente inquieto.

Official Future Bible Heroes site

Merge Records

domingo, 9 de junho de 2013

Um garoto com longa bagagem

JAKE BUGG – “Jake Bugg”

O cara é um adolescente…e desculpe-me pelo trocadilho…está na cara né?

Mas o som que ele faz, meu caro, está longe da sua adolescência. Nascido em Nottingham, Inglaterra, esse cantor/compositor de 19 anos traz na bagagem décadas de influências que passam por Beatles, Hendrix, o evidente e latente Bob Dylan entre outros e faz um indie-folk-acustico extremamente bem elaborado, com a dose certa da rebeldia que o estilo permite e a cadência que o estilo oferece.

Uma descoberta ao acaso numa visita a uma livraria que me fez mudar os planos do domingo.

Jake Bugg Official Site

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Surpreso? Eu fiquei…

LANA DEL RAY – “Aka Lizzy Grant”

A surpresa começou pela beleza “model style” de Elizabeth Woolridge Grant. A surpresa número dois veio em saber que ela é de Nova York. A terceira supresa veio com a bela voz de Lana Del Ray, o nome artístico da bela Elizabeth. E o início de outra série de surpresas veio com seu primeiro álbum, lançado em 2010, o qual tive o prazer conhecer agora.image

A primeira faixa dá aquela nítida impressão de “entendi do que se trata”, ainda mais fazendo a simbiose com a pessoa em si. Mas, surpresa deveria ser parte do nome dessa mulher de voz suave, envolvente e que vai construindo um album com batidas simpes, porém marcantes e um conteúdo muito preenchido por belas melodias num ritmo eletro-dance até pop rock-adult pop que chega a nos remeter a Jem e Nancy Sinatra.

Esse debut de Lana Del Rey poderia bem ser classificado como “uma caixa de Pandora ao contrário”, pois só traz coisas boas.

Lana Del Rey Official Site

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